O empresário Valdir Piran, acusado de participar de esquemas que desviaram dinheiro público em Mato Grosso, foi preso novamente nesta terça-feira (22) na operação 'Quadro Negro', que apura um novo desvio de dinheiro público no estado.
Segundo a Polícia Civil, Piran é suspeito de participar de desvios ocorridos no antigo Centro de Processamento de Dados do Estado (Cepromat), atual Empresa Mato-grossense de Tecnologia da Informação (MTI).
Segundo a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), em conjunto com o Comitê Interestadual de Recuperação de Ativos (CIRA) e Ministério Público Estadual (MPE), Piran foi preso em Brasília.
O G1 tenta localizar o advogado dele.
A operação deve cumprir seis mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão domiciliar, que serão cumpridos em Cuiabá, Brasília (DF) e Luziânia (GO).
As ordens judiciais foram decretadas pela juíza Ana Cristina Silva Mendes da 7ª Vara Criminal da Capital.
Além dos mandados, foi decretado o sequestro de mais de R$10 milhões em valores, imóveis e veículos de luxo.
De acordo com a Polícia Civil, a operação Quadro Negro remete ao quadro e giz que ainda funcionam nas escolas, já que as lousas digitais eram falsas, bem como à situação estrutural crítica que a educação básica se encontra em razão dos prejuízos causados pelos desvios.
Piran foi preso na terceira fase da Operação Sodoma, em 2016, por suspeita de desviar dinheiro público, segundo o Ministério Público Estadual (MPE). O empresário foi solto em outubro do mesmo ano, após pagamento de fiança.
Segundo a denúncia do órgão, ele teria recebido propina de R$ 10 milhões após a desapropriação de um imóvel, paga na gestão do ex-governador Silval Barbosa.