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Advogados apontam 'medo' e 'procrastinação' de promotor em ação da Grampolândia

Data: Sábado, 26/10/2019 08:31
Fonte: Olhar Direto

A defesa do cabo da Polícia Militar Gerson Correa Junior, réu na Grampolândia Pantaneira, pediu que o juiz Marcos Faleiros, da Vara Especializada em Justiça Militar, reconheça tentativa de “procrastinação” cometida pelo Ministério Público.

O órgão quer juntar novas provas ao processo. Porém, os advogados Neyman Monteiro e Eurolino Sechinel Reis enxergam a tentativa como um “ato obscuro”, motivado por “temor”, visando adiar audiência de julgamento marcadas para os dias seis, sete e oito de novembro.
 
O promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza pediu no dia 23 de outubro para anexar no processo dos grampos procedimentos investigatórios e notícias de fato instruídas pelo Núcleo de Ações de Competência Originárias (Naco) Criminal. 

Segundo Allan, o Naco chegou a enviar informações à promotoria. Porém, foram disponibilizados apenas a cópia de quatro promoções de arquivamentos. Conforme o promotor, as informações estão “desprovidas da documentação que embasaram as referidas decisões [de arquivamento]”.


Fundamentando seu pedido, o membro do MPE citou que novas informações podem mudar o panorama processual em relação ao corréu Ronelson Jorge de Barros. Em resposta, os advogados esclareceram que as ponderações elencadas pelo cabo Gérson no Naco são as mesmas expostas junto ao juízo da Vara Militar.

“Indubitavelmente, a defesa entende de que a juntada de tais documentos não são de relevância aos fatos em discussão ao processo em deslinde, nem tampouco a defesa do cabo Gérson, não trazem nada, nada para as defesas, com o desejo único de procrastinar a referida audiência por temor ou por motivos obscuros que a defesa não vislumbra o porque, neste momento processual”.
 
“O que se tem no presente caso, é uma Absurda tentativa de manter esse processo indefinidamente em curso de forma a que os holofotes midiáticos permaneçam fixados no Doutor Promotor de Justiça”, salienta a defesa de Gerson.

Ao pedir o reconhecimento da suposta procrastinação, Neyman e Eurolino exigem que as datas das audiências de julgamento designadas para o começo de novembro sejam mantidas. A defesa cita que Eurolino reside em Curitiba.
 
“Um dos advogados do peticionário, por exemplo, reside na cidade de Curitiba e, a esta altura dos fatos, já conta com passagens compradas e hotel reservado para atuação perante o plenário”.


Caso as audiências sejam redesignadas, há pedido para que o Ministério Público responda pelas custas decorrentes de deslocamentos da defesa.