Paulo César dos Santos, vulgo "Petróleo", encontrado morto na Penitenciária Central do Estado (PCE) no domingo (28), foi pronunciado e passaria por júri popular suspeito de ser mandante de um “salve” para matar agentes penitenciários. Um dos alvos de Petróleo foi Revétrio Francisco da Costa, ex-diretor da PCE (veja o vídeo ao final).
Conforme informado no processo, no dia 20 de março de 2018 ocorreu um motim na Penitenciária Central durante revistas nas celas. Agentes prisionais revidaram, matando um reeducando identificado como Jesuíno Cândido da Cruz Júnior, o qual era membro da facção criminosa Comando Vermelho.
Segundo o Ministério Público, em retaliação à ação de revista e à morte do reeducando, os acusados se organizaram para executarem os agentes prisionais que participaram do motim. O líder da vingança seria Petróleo. São descritas quatro ações da organização criminosa, uma delas, contra Revétrio.
Consta que pessoa identificada como Benedito Diogo, em um veículo Chevrolet Prisma, efetuou diversos disparos de arma de fogo contra a fachada do Sindicato dos Agentes Prisionais do Estado de Mato Grosso (Sindespen/MT) na intenção de atingir e matar Revétrio. O ex-diretor estava se hospedando e dormindo no sindicato por conta de diversas ameaças.
A sentença de pronúncia foi proferida no fim de agosto em decisão do magistrado Flávio Miráglia. da Décima Segunda Vara Criminal de Cuiabá. O juiz deve ser comunicado nos próximos dias sobre a morte de Petróleo. Outros oito supostos integrantes do Comando Vermelho também foram pronunciados e passarão por júri.
A morte
Paulo César dos Santos, vulgo "Petróleo", foi encontrada pendurada no domingo, aparentemente enforcada, porém, o corpo também apresentava lesões e outras evidências de luta corporal como peles nas unhas.
A vítima, Paulo César dos Santos, é um dos indiciados, junto de Revétrio Francisco da Costa, na operação Assepsia, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em junho deste ano, para apurar a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado.
Linha de investigação apura se a morte de Petróleo foi motivada devido a suposta condição de informante que o criminoso possuía junto a Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam).