A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (6) a operação Aguapey para tentar prender uma organização criminosa que atuava na grilagem de propriedades rurais em Mato Grosso, principalmente na fronteira do estado com a Bolívia.
Mais de 100 agentes da PF devem cumprir 43 mandados de prisão preventiva, prisão temporária e busca e apreensão nas cidades de Cáceres, Mirassol D’Oeste, São José dos Quatro Marcos, Porto Esperidião e Pontes e Lacerda. Os mandados foram expedidos pela Justiça em Porto Esperidião.
As investigações apontam que o grupo criminoso atuava com violência e ameaça na fronteira de Mato Grosso com a Bolívia.
A organização criminosa também é investigada pela prática dos crimes de homicídios (consumados e tentados), ameaças, tortura, receptação de veículos roubados, além de diversos delitos ambientais.
Segundo a PF, quando um imóvel rural se tornava o objetivo dos criminosos, os proprietários e funcionários passavam sofrer ações violentas que continuavam a sendo praticados até a expulsão deles para que o grupo conseguisse a posse dos imóveis rurais.
Em um dos casos investigados, uma proprietária que estava resistindo às ameaças teve sua casa destruída com um trator.
Após esse fato, em razão da permanência da vítima mesmo após a destruição da sede da propriedade, a família dela foi baleada enquanto transitavam dentro da fazenda.
Foi identificado ainda que uma parte dos integrantes queria criar um local para recebimento e distribuição de drogas da Bolívia por meio de “mulas”, assim como esconder veículos roubados no Brasil antes de serem remetidos ao exterior.
O nome da Operação faz referência ao local onde se concentrava a ação da organização criminosa, às margens do Rio Aguapey.