A Justiça decretou, nesta quinta-feira (21), a prisão preventiva do agente penitenciário Edson Batista Alves, de 35 anos. Ele deve ser encaminhado para o presídio de Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá. Edson é suspeito de torturar a mulher e o enteado de 6 anos, e mantê-los em cárcere privado.
O G1 não conseguiu contato com a defesa de Edson.
Enquanto agente penitenciário, o suspeito trabalhava no Setor de Operações Especiais (SOE), mas estava afastado do trabalho por violência doméstica e era monitorado por tornozeleira eletrônica.
As vítimas, que possuem vários hematomas pelo corpo, se mudaram de Rondonópolis, a 218 km da capital e, há duas semanas, estavam na casa de Edson. Desde então, segundo a mulher, ela e o filho eram mantidos em cárcere privado.
Ela relataram ainda que, além de socos e chutes, eram espancadas com fio de carregador, cabo de vassoura e até queimadas com água quente.
A criança afirmou à polícia que Edson chegou a colocar a cabeça dela na privada durante as agressões.
O menino disse ainda que fingia dormir quando a mãe era espancada. No entanto, nesta semana, o padrasto percebeu que ele estava acordado e o espancou. Além dos hematomas, o menino teve o braço quebrado.
As vítimas disseram que conseguiram fugir durante um jantar na casa de amigos. Enquanto o suspeito foi ao banheiro, a mãe conseguir sair da casa com a criança.
De acordo com os policiais que atenderam as vítimas, a mulher contou que tinha vontade de fugir, mas era constantemente ameaçada. Segundo ela, o suspeito dizia que mataria o menino.
Ainda segundo a Polícia Militar, o suspeito ficou rondando a delegacia com o objetivo de cercar a vítima. Entretanto, os policiais já tinham as características do carro conduzido por Edson e conseguiram prendê-lo.
Segundo a Polícia Civil, Edson deve responder por agressão, cárcere privado, lesão corporal e sequestro.