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Jornalista suspeito de importunação sexual que foi preso por descumprir medida protetiva é levado para presídio em Cuiabá

Leonardo Heitor Miranda foi preso na segunda-feira, no Aeroporto Marechal Rondon. Pelo menos 10 mulheres fizeram denúncia contra ele.

Data: Terça-feira, 26/11/2019 12:39
Fonte: G1 MT

O jornalista Leonardo Heitor Miranda, de 38 anos, que foi preso na segunda-feira (25), no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, logo depois de desembarcar, passou por audiência de custódia e foi levado ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), o antigo Carumbé, na capital.

Leonardo descumpriu uma medida protetiva ao se aproximar do local de trabalho de uma das vítimas. À imprensa, o jornalista disse que foi ao prédio comercial para consultar um advogado.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o jornalista foi ouvido pela juíza Tatiane Colombo, da Segunda Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá.

Na audiência, a magistrada manteve a prisão preventiva do réu, até um segundo momento, quando a questão será averiguada durante audiência de instrução.

Conforme a Polícia Civil, havia um mandado de prisão preventiva contra ele.

O caso

Pelo menos 10 mulheres fizeram denúncia contra ele na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.

A prisão foi pedida pela polícia em um inquérito de crime contra a dignidade, que tramita na delegacia. O mandado de prisão foi deferido pela 1ª Vara da Violência Doméstica e Familiar da Capital.

Ele foi encaminhado à Delegacia da Mulher da Capital e depois passará por audiência de custódia no Fórum de Cuiabá.

Leonardo Heitor trabalhava como assessor na Assembleia Legislativa e foi exonerado do cargo após as denúncias.

Nos perfis falsos, o suspeito usava a foto de um homem que mora em Portugal e que seria amigo de um conhecido do jornalista. Em uma postagem no perfil dele no Facebook, ele diz ter registrado um boletim de ocorrência contra o suspeito por uso indevido de imagem.

Ele agia sempre da mesma forma. Ora se aproveitando da proximidade devido à profissão, ora se aproveitando dos contatos que tinha das vítimas para mandar mensagens usando perfis falsos, segundo as vítimas.

À época em que o caso veio à tona, o jornalista disse que conversava com algumas colegas de trabalho, mas que não tinha a intenção de assediá-las.