O vereador de Cuiabá Abílio Júnior (PSC) pediu desculpas ao também vereador Juca do Guaraná (Avante) nesta quinta-feira (12) após registrar um boletim de ocorrência dizendo que uma servidora da Prefeitura de Cuiabá havia denunciado um suposto jantar na casa de Juca onde um grupo de parlamentares estaria articulando a cassação de Abílio.
Abílio voltou atrás e alegou que tanto ele quanto Juca do Guaraná estariam sendo vítimas do caso.
“Estou em uma situação constrangedora porque a servidora fez todo mundo passar. Expôs o meu nome, o nome do Juca do Guaraná. Eu acredito Juca, que tanto eu quanto você fomos vítimas de um processo que acabou trazendo prejuízo a nossa imagem. Ninguém ganhou. Todo mundo perdeu”, disse Abílio.
Ainda segundo ele, “não dá para corrigir as palavras que foram ditas, mas dá para tentar reparar”.
“Eu quero pedir desculpas a sua família por todo esse constrangimento. Acredito que a verdade vai aparecer. Isso é caso de polícia, de Ministério Público. Ela (a servidora) terá que explicar tudo que ela disse tanto a você quanto a mim, ao vereador Ricardo Saad na Comissão de Ética. Não estou dizendo que tenho afinidade contigo, nem amizade, nem nada disso. A gente tem que parar com o espetáculo”, disse o parlamentar.
Na última sexta-feira (6), o Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) - Criminal, solicitou a instauração de inquérito policial para investigar possível ocorrência de corrupção ativa praticada, supostamente, pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).
De acordo com o ofício encaminhado pelo procurador de Justiça solicitando a instauração de inquérito policial, uma funcionária do Hospital São Benedito registrou um boletim de ocorrência junto à Delegacia de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública, dando conta de que Emanuel Pinheiro teria oferecido a quantia de R$ 50 mil, além de 20 cargos comissionados, para um grupo de vereadores a fim de que eles votassem a favor da cassação do mandato do vereador Abílio Jacques Brunini no julgamento de procedimento que tramita perante a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá no qual se apura suposta quebra de decoro parlamentar.