Um dos dois policiais presos suspeitos de atirar em uma mulher de 44 anos, em Sorriso, na região norte do estado, na última sexta-feira (17), já foi detido e denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por extorsão. A vítima é um empresário do município, que sofreu ameaças e agressões para que desse ao suspeito R$ 45 mil.
Weberth Batista Ribeiro, de 30 anos, foi denunciado em novembro do ano passado pelo MP pelo crime. À época do crime, ele chegou a ser preso, mas depois foi solto.
Conforme a denúncia, o policial ficou rondando a residência e o estabelecimento comercial do empresário para intimidá-lo a dar o dinheiro a ele.
Ele chegou a invadir o estabelecimento comercial da vítima, desferiu um soco em uma câmera de segurança e na sequência passou a pressioná-la fazendo ameaças com expressões provocativas e sugerindo estar armado. Toda a ação foi gravada pelo circuito interno, segundo o MP.
Além dele, foram denunciadas outras duas pessoas, incluindo o gerente de uma rede de supermercados do município.
O Ministério Público abriu duas investigações contra ele, sendo que uma por improbidade administrativa pelos indícios de extorsão do comerciante para cobrança de dívida. Outra, sobre as agressões físicas e tentativa de homicídio.
O outro policial preso suspeito de tentar matar Elizângela Moraes, Ezio Souza Dias, também é alvo dessa segunda investigação.
A tentativa de homicídio ocorrida em Sorriso foi registrada por uma câmera de vídeo. As imagens mostram a abordagem, o crime e o socorro às vítimas.
Elizangela Moraes estava sentada com o namorado dela em um banco público, quando os policiais passaram a e atiraram nela.
Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra os policiais atirando na vítima.
Os dois soldados aparecem virando a esquina de uma rua e, ao passar pelo casal que está sentado em um banco público, apontam as armas para as vítimas. Um deles volta e agride a mulher. Nisso, o outro também retorna e atira contra a vítima, que cai no chão.
O namorado pede ajuda e outras pessoas se aproximam.
Os dois policiais foram presos horas depois do crime.
Elizangela continua internada no Hospital Regional de Sorriso.