Os três homens que foram detidos nessa sexta-feira (24) suspeitos de participação na morte da travesti Mari de Bastos Lima, de 37 anos, foram liberados e só devem ser ouvidos na próxima segunda-feira (27) em Santo Antônio do Leverger, a 35 km de Cuiabá.
As informações foram repassadas pela assessoria da Polícia Civil que explicou que a liberação dos suspeitos se deu porque não houve fatos que motivassem o flagrante. Conforme a Lei de Abuso de Autoridade, sancionada no ano passado, ninguém pode ser ouvido a noite, a não ser em caso de prisão em flagrante.
De acordo com a Polícia Militar, um dos suspeitos teria dito que os outros dois enterraram o corpo da vítima. O detido apontou o local onde supostamente ela estaria enterrada.
A PM acionou o Corpo de Bombeiros e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para dar apoio nas buscas, mas até a manhã deste sábado nada foi encontrado.
Mari desapareceu no dia 8 de janeiro, por volta das 23h30, depois que saiu do trabalho.
A chefe de Mari, Caudeni Gomes da Silva, contou que a funcionária sempre saía do trabalho direto para casa. No entanto, na manhã de sexta-feira (9), Mari foi procurada por um amigo, mas não foi encontrada na casa e também não apareceu no serviço.
O celular, a bolsa e as roupas dela ficaram no imóvel onde morava.
Amigos de Mari estavam organizando uma manifestação que seria realizada na próxima semana. O objetivo era cobrar agilidade nas investigações sobre o caso.
Durante as diligências, os policiais da Delegacia de Santo Antônio de Leverger conseguiram imagens do circuito de segurança de estabelecimento comercial que flagraram a vítima, antes do desaparecimento. Ela estava na companhia de duas pessoas.