O Estado de Mato Grosso é o segundo maior produtor de biodiesel do país e assim como outros biocombustíveis, o biodiesel usa fontes renováveis de energia e tem na soja, uma das principais matérias-primas para a produção.

No estado temos grandes extensões de lavouras de soja, cana-de-açúcar e milho e a Região do Vale do Arinos dá um salto na produção destas cultivares e tem a possibilidade de empreender no ramo dos biocombustíveis, a exemplo do Município de Nova Olímpia e como tem feito as Usinas Itamarati.

De acordo com o agrônomo Ricardo Arioli, em vídeo postado no site Notícias Agrícolas, “Mostra porque o MT vai ser o Pré-Sal dos biocombustíveis do Brasil”.

Numa visita ao complexo empresarial de Nova Olímpia, Arioli destaca que as Usinas Itamarati estão com projetos de novos investimentos, em usina de etanol, recuperando seus canaviais, uma usina totalmente nova para produção do etanol de milho e outra usina para a produção de biogás. Sobra daí os bagaços da cana, da soja e do milho.

É o biometano como combustível que vai abastecer a frota de tratores, colheitadeiras e caminhões. Otimista, Ricardo Arioli afirma que “Mato Grosso tem vocação para se tornar o Pré-Sal do biocombustível. Não tenha dúvida disso”!

Mato Grosso é um dos estados que mais produz soja no Brasil e o biodiesel já cresceu um pouco além do esperado e a mistura deve crescer cerca de 1% ao ano. Para Ricardo Arioli poderia ter uma ‘ajudinha’ do governo nesta questão.

“A frota de ônibus escolares, porque não usar um B 15? Isso é permitido já pela Agência Nacional de Petróleo. Ou os produtores usarem um B 15 no maquinário e assim ter mais soja para produzir o biodiesel. Evidente que isso fomentaria a indústria local, pois a soja seria esmagada aqui e reduziria a oferta de grãos de soja” afirma ele.

Mas onde entra a Região do Vale do Arinos com o tema até aqui tratado? No fato de que temos terras férteis, alta produtividade e grandes empresas se instalando na região, a olhos vistos em Juara, por exemplo.

Neste sentido, houve uma importante reunião do setor produtivo com representantes da empresa EMTEP – Energia Industrial Naval óleo e Gás, em 22 de março de 2018, na sede do Sindicato Rural de Juara, onde foi apresentado um projeto de viabilidade de uma usina de etanol no município, conforme explicações do engenheiro William Mio.

Segundo ele explicou à época, “Juara tem um grande cultivo de milho e toda a produção está indo para a usina de etanol de Sorriso. É possível produzir cerca de 400 litros de etanol por tonelada de milho e o resíduo que sai da produção vira ração para confinamento. Aproveitamos tudo do milho e Juara pode perfeitamente ser inserida neste mercado mato-grossense e ampliar a sua capacidade econômica gerando renda e emprego para a sua gente”.

Como exemplo de investimento os recursos poderão ser financiados pelo BNDES, num sistema de consórcio entre os empreendedores.

O encontro de 2018 motivou produtores rurais e empresários que estavam na reunião e afirmaram à reportagem do Grupo Amplitude de Comunicação que iriam em busca de mais informações sobre o empreendimento.

Considerando tudo isso, a máxima do engenheiro agrônomo Ricardo Arioli está valendo: “Mato Grosso vai ser o Pré-Sal dos biocombustíveis do Brasil”!

OBS: Imagem/Google