Uma comissão processante foi formada nesta terça-feira (10) na Câmara de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, para investigar a possível quebra de decoro parlamentar do vereador Calistro Lemes do Nascimento, o Jânio Calistro (PSD), preso desde 19 de dezembro do ano passado.
De acordo com as investigações, Calistro está associado a um grupo de traficantes que agia na região. O vereador é suspeito de orientar algumas compras e vendas de drogas para os traficantes.
A comissão processante, que obteve 18 votos favoráveis, é composta pelos vereadores Valdemir Bernadino de Souza, o Nana (DEM), como presidente, Pedro Paulo Tolares, o Pedrinho (DEM), como relator, e Willy Taborelli (PSC) como membro.
Calistro está impedido de exercer suas atividades parlamentares por estar preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) por suposto envolvimento com o tráfico de drogas. Em janeiro deste ano, o presidente da Câmara, o vereador Fábio José Tardin, o Fabinho (DEM), suspendeu os pagamentos de salários e verbas indenizatórias para Calistro.
Em março, ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por associação para o tráfico de drogas junto com outras 34 pessoas.
Jânio Calistro (PSD) foi preso em 19 de dezembro na operação 'Cleanup', realizada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Civil.
A operação mirava em um grupo de traficantes que atuava em Várzea Grande.
De acordo com a DRE, a operação, além da prisão do vereador, também cumpriu um mandado de busca e apreensão contra ele.
O vereador, inclusive, orientava algumas compras e vendas de drogas para os traficantes. A polícia não informou se ele confessou ou negou a participação dele.
O G1 não localizou o advogado dele.
Cinquenta e seis ordens judiciais, entre mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar, devem ser cumpridos na operação.