O governo Mauro Mendes (DEM) se prepara para a sua primeira mudança de staff envolvendo partidos de sala base aliada. A secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECITECI) deixará de pertencer ao PSD e passará para as mãos do PV, com o deputado estadual Faissal Calil (PV) assumindo como secretário.
Nos bastidores, afirma-se que a ida de Faissal para a SECITECI também favoreceria o governador Mauro Mendes na disputa eleitoral de outubro em vários municípios. Um exemplo é Cuiabá, já que o PV é aliado ao prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB).
Com a adesão, Mendes poderia tirar o PV da base de Pinheiro ou até fortalecer a sigla em um projeto próprio, já que o partido ensaia lançar José Roberto Stopa (PV) para a prefeitura. Stopa é o atual secretário de Serviços Urbanos de Cuiabá.
Entre os opositores estão o deputado estadual Dr. Gimenez (PV), que teme o fortalecimento de Oscar Bezerra na região, já que o seu domicílio eleitoral é em São José dos Quatro Marcos. Existem também os vereadores de Cuiabá, que defendem o alinhamento da sigla com Emanuel Pinheiro, ‘inimigo’ do governador.
Outro contratempo nessa articulação será o próprio PSD, já que com a saída do atual secretário da Seciteci, Nilton Borgato, a legenda fica sem espaço na gestão. Isso porque Carlos Fávaro (PSD) ainda não sabe se retornará ao cargo no Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília (ERMAT).
DENÚNCIA:
Outro motivo para a troca na pasta seria a crise interna vivida dentro da pasta, já que a maioria dos servidores reprova a conduta do atual secretário Nilton Borgato (PSD). Há denúncias de falta de limpeza por falta de empresa para a higiene dos locais, o que faz com que os próprios professores e demais servidores tenham que realizar a tarefa.
A situação teria se agravado por conta da pandemia do coronavírus. Suspeitas de funcionários com sintomas da doença, e que mesmo assim foram trabalhar por 3 dia seguidos, mesmo passando mal. “Não há nem papel higiênico, quiçá álcool em gel ou outras ferramentas que possam impedir a proliferação do vírus. Os servidores limpam o que é possível. Mas não tem como ficar mantendo esse serviço”, diz uma servidora que denunciou na imprensa o caso