O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) apontou que o chefe do Executivo nacional Jair Bolsonaro (sem partido) tomou medidas cirúrgicas na manutenção de sua gestão quanto à demissão de ministros. “Se o presidente não exonera o Mandetta e o Moro governo tinha acabado esta semana”, ponderou o empresário do agronegócio.
O apontamento de Maggi foi feito no domingo (26), em um grupo de WhatsApp com diversos empresário do Brasil. Diante do cenário de rupturas no governo, o ex-ministro disse que a política é baseada na gestão de conflitos. “A política é o que é, é a arte da bagunça, se não gostar não se envolva com ela!”, disparou.
Ao comentar sobre a exoneração do ex-ministro Sérgio Moro, Maggi disse que o ex-juiz conduziu suas decisões anteriores ao cargo no Ministério da Justiça e Segurança Pública com os olhos voltados para a política.
“Mas o Moro construiu sua história sobre milhares de desempregados da Lava Jato, ruína da economia, tudo poderia ter sido feito diferente, coibindo os ilícitos e preservando as empresas e os empregos. Conduziu a Lava Jato com o olho na política!”, disse o empresário do agronegócio.
As críticas de Maggi, inclusive, se estenderam ao próprio governo Bolsonaro. Sem detalhar sobre quais erros se referia, o ex-ministro disse que torce para a gestão do presidente, mas que aplaudir “tudo quanto é ‘M’ que o governo faz não ajuda em nada”.
Para Maggi, mensagens de cunho nacionalista exagerado, ufanistas, não são benéficas, uma vez que transformam as pessoas em “massa de manobra”. O posicionamento do empresário vai na contramão da experiência política brasileira dos últimos anos, que tem sido marcada pela polarização radicalizada.