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"Se o presidente Bolsonaro não exonera o Mandetta e o Moro, o governo tinha acabado" diz Blairo Maggi.

"Chefe tem que agir com determinação", acrescentou

Data: Terça-feira, 28/04/2020 20:12
Fonte: Hipernoticias/Khayo Ribeiro

O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) apontou que o chefe do Executivo nacional Jair Bolsonaro (sem partido) tomou medidas cirúrgicas na manutenção de sua gestão quanto à demissão de ministros. “Se o presidente não exonera o Mandetta e o Moro governo tinha acabado esta semana”, ponderou o empresário do agronegócio.

O apontamento de Maggi foi feito no domingo (26), em um grupo de WhatsApp com diversos empresário do Brasil. Diante do cenário de rupturas no governo, o ex-ministro disse que a política é baseada na gestão de conflitos. “A política é o que é, é a arte da bagunça, se não gostar não se envolva com ela!”, disparou.

 Ele acrescentou que as decisões devem ser tomadas quando há um relativo consenso e que, para isso, é necessária a figura de um chefe que age com força e determinação.

Ao comentar sobre a exoneração do ex-ministro Sérgio Moro, Maggi disse que o ex-juiz conduziu suas decisões anteriores ao cargo no Ministério da Justiça e Segurança Pública com os olhos voltados para a política.

“Mas o Moro construiu sua história sobre milhares de desempregados da Lava Jato, ruína da economia, tudo poderia ter sido feito diferente, coibindo os ilícitos e preservando as empresas e os empregos. Conduziu a Lava Jato com o olho na política!”, disse o empresário do agronegócio.

As críticas de Maggi, inclusive, se estenderam ao próprio governo Bolsonaro. Sem detalhar sobre quais erros se referia, o ex-ministro disse que torce para a gestão do presidente, mas que aplaudir “tudo quanto é ‘M’ que o governo faz não ajuda em  nada”.

Para Maggi, mensagens de cunho nacionalista exagerado, ufanistas, não são benéficas, uma vez que transformam as pessoas em “massa de manobra”. O posicionamento do empresário vai na contramão da experiência política brasileira dos últimos anos, que tem sido marcada pela polarização radicalizada.