Um possível crime de falsidade ideológica chegou ao conhecimento do jornalismo do Grupo Amplitude de Comunicação, formulado no Poder Judiciário, peticionado pela professora Adeliane Tomaz da Silva, de ação fraudulenta praticada pela Universidade Brasil com sede em Cuiabá. A referida universidade estaria vendendo indiscriminadamente, certificados de cursos de capacitação (formação continuada para professores) para alguns professores, que somariam pontos favoráveis no momento da atribuição de aulas, para o ano letivo de 2020.

De acordo com a denunciante, todos os professores devem fazer a contagem de pontos e os cursos de especialização somam para os candidatos que querem uma vaga no mercado de trabalho. ”É exatamente aí que entra a Universidade Brasil com seu ‘balcão de venda de diplomas’ e isto foi comunicado a SEDUC em novembro de 2019, porém nenhuma resposta foi dada. Isto é concorrência desleal e injusta com aqueles que realmente se debruçam nos estudos e tem sempre a busca da qualidade no ensino” lamenta Adeliane Tomaz da Silva.

Na Assessoria Pedagógica de Juara, a professora ouviu que naquele órgão nada poderia ser feito e que ela deveria buscar orientação no Ministério Público. A denúncia foi formulada e um Inquérito Policial foi instaurado. A professora compareceu perante o Delegado de Polícia e informou que ela própria teria entrada em contato com a Universidade Brasil, se dizendo interessada em um certificado. Afirmou que o certificado era vendido por R$ 1,00 (um real) a hora/aula e que a universidade poderia lhe garantir até 500 horas de curso.

O certificado estava sendo vendido ao valor de 1 real a hora aula e segundo ela, as provas já estão de posse do ministério público e também do juízo de Juara, a Universidade teria informado, que poderiam ceder para ela até 500 horas de curso.

Em dezembro de 2019, a professora Adeliane registrou denúncia no Ministério Público de Juara e um inquérito policial foi instaurado, onde a mesma prestou depoimento a uma Escrivã, na Delegacia de Polícia de Juara.

Quando o processo chegou no Poder Judiciário, o Juiz Juliano Hermont Hermes da Silva determinou que a Assessoria Pedagógica de Juara realize nova atribuição de aulas nas escolas de Juara, não podendo participar os candidatos com diplomas fraudulentos, comprados da Universidade Brasil, de Cuiabá.

Na manhã desta segunda-feira, 18 de maio, a reportagem do Grupo Amplitude de Comunicação ouviu o Assessor Pedagógico, Vanderlei Carvalho, sobre a fraude dos certificados. De acordo com ele, “de início não sabia dos diplomas falsos e que determinou a criação de uma comissão que está levantando os fatos”.

Veja o vídeo com a entrevista do Assessor Pedagógico: