O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-SP), afirmou em entrevista à TV CNN Brasil que a Casa dará prioridade às medidas que garantam crédito às pequenas e médias empresas. Em sua avaliação, o setor, amplamente atingido pela crise da Covid-19, precisa ter acesso rápido ao crédito "para a economia poder avançar e haver garantia de empregos".
Maia comentou também a situação do funcionalismo público em meio à pandemia e elogiou a qualidade dos profissionais, principalmente das categoria de limpeza, educação, segurança e educação. Ainda assim, voltou a defender uma redução de "20% ou 30%" da cúpula do funcionalismo nos Três Poderes, mas lembrou que foi voto vencido nessa questão e que não teve apoio do governo, "nem do ministro Paulo Guedes".
"Em um momento como este, com queda tão brusca na arrecadação, poderia ter havido um gesto abrangendo os salários acima de R$ 10 mil, mas não houve. Isso não permite que desqualifiquemos os servidores públicos que têm sido tão importantes neste momento, como por exemplo, professores, garis, profissionais de saúde e segurança", disse.
O presidente da Câmara ressaltou a importância da medida que congelou promoções no funcionalismo nos próximos anos "que garantirá economia "de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões" e disse que será importante pactuar uma reforma administrativa. "Categorias da elite do serviço público precisarão ter carreiras mais longas e salários mais baixos", afirmou.
Sobre o sistema tributário do Brasil, o deputado defendeu uma melhora que permita reduzir a carga sobre os bens de consumo e um aperfeiçoamento na cobrança sobre a renda, principalmente "dos andares de cima". "Precisamos discutir isso rapidamente no segundo semestre", disse, referindo-se às reformas administrativa e tributária.