O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta sexta-feira (26) que apesar de todos os esforços para conter a disseminação do coronavírus, estamos diante de uma pandemia e que a tendência é que os números, tanto de infectados quanto de mortes, cresçam.
“Nós estamos diante de uma pandemia, um inimigo oculto, não tem cura, não tem vacina, ele vai crescer mesmo, por ser pandemia os números vão crescer, mas o que importa é que Cuiabá fez o dever de casa, tomamos medidas em tempo, tomamos medidas assertivas, muitas vezes duras, mas necessárias, para preservar a saúde e a vida da população”, afirmou o prefeito.
Ele atribui o aumento dos casos em Cuiabá à falta de estrutura no interior do estado.
“Primeiro porque Cuiabá é a capital, a maior cidade do estado, a mais visitada e a mais populosa, que ao lado de Várzea Grande perfazem quase 1 milhão de habitantes. Então é natural que os números maiores sejam aqui. Outro ponto, que acaba sobrecarregando Cuiabá, é a desestruturação da saúde no interior do estado. Não fizeram leitos de UTI exclusivos para Covid-19 e isso evidentemente sobrecarrega a capital que, em média, para casos de Covid-19, os leitos de UTI estão sendo ocupados 60% por pessoas do interior do estado e 40% de Cuiabá”, afirmou.
Emanuel garante também que, proporcionalmente, Cuiabá está abaixo da média nacional e estadual dos casos de Covid-19.
“Se nós temos hoje 131 óbitos, como eu disse me corta o coração, porque uma vida vale muito, se não fosse as medidas da prefeitura hoje poderíamos ter 500, 600, 700 óbitos. Se hoje nós temos pouco mais de 3 mil casos, se não fosse as medidas da prefeitura, poderíamos ter até 9 mil casos confirmados de Covid-19 em Cuiabá”.
Segundo ele, em termos de taxa de letalidade, Cuiabá está em 39º lugar entre os 141 municípios de Mato Grosso. Em termos de incidência de casos confirmados de Covid-19, Cuiabá está em 17º lugar. O primeiro lugar é Novo Santo Antônio, município que é a metade de um bairro de médio porte de Cuiabá. Em relação a taxa de mortalidade em todo esse período da pandemia, Cuiabá está em 18º lugar.
“Isso demonstra a eficiência da nossa política pública no combate ao coronavírus, sempre com parâmetro técnico-científico, que estão sendo adequadas na defesa da saúde e da vida das pessoas”.
Para o prefeito, o fatom de Cuiabá estar abaixo da média nacional e estadual é resultado de ações tomadas no início da pandemia.
Conseguimos achatar a curva do pior momento, achatamos a curva de crescimento do vírus no início da pandemia e, com isso, tivemos tempo para preparar a estrutura da rede de saúde municipal naquilo que a prefeitura se comprometeu, com 95 leitos de UTI exclusivos para Covid-19 e que vamos ampliar agora por compromisso com a vida da população cuiabana e mato-grossense e também tivemos tempo de informar a população naquele primeiro momento sobre a Covid-19, dos efeitos da pandemia, da gravidade e da seriedade do assunto”.