Nos últimos dias o número de reclamações por parte de empresários(as) e consumidores(as) quanto ao aumento de pessoas no centro da cidade, em situação de vulnerabilidade, na condição de pedinte, tem crescido substancialmente, o que tem gerado desconforto além de muita insegurança.
Nas narrativas constam que além das abordagens a qualquer hora e momento pedindo dinheiro, muitos chegam a realizar contato físico, como segurar porta de carros, puxar pelo braço, gerando pânico principalmente quando se trata de mulheres e crianças.
“Na sexta-feira um homem me parou entrando na loja, eu estava com a bolsa na mão e me pediu dinheiro, hoje esse mesmo homem entrou na loja e me pediu roupas, já cheguei a ser surpreendida muitas vezes ao entrar no carro, quando iria fechar a porta a pessoa chega segura a porta do carro” relata uma lojista.
Em reunião com a PM nesta manhã, o presidente da ASCOM, Marcelo Pagnussat, apresentou ao Tenente Carlos Leite essa problemática, solicitando apoio da policia militar a fim de diminuir esta situação de insegurança.
“Infelizmente e agora potencializado pela pandemia, sabemos que muitos juinenses estão com dificuldades financeiras e nossa população é generosa, mas o que temos visto, em sua grande maioria, são pessoas que se aproveitam deste momento para tirar vantagem, muitas delas tem apoio da assistência social, casa da passagem, centro de reabilitação, mas preferem a rua, pois estão livres para uso de bebidas e entorpecentes” destacou Marcelo Pagnussat, presidente da ASCOM.
Na oportunidade o Tenente Carlos Leite apresentou as entidades os números de um comparativo entre 2019 e 2020, onde mostra uma expressiva queda no numero de roubos, furtos e assassinatos em Juína, demonstrando a presença efetiva da PM junto à sociedade, mas demonstrou preocupação com o aumento do numero de pessoas na rua, “Nos temos percebido esse aumento de pessoas nas ruas e migrando de um lugar para outro da cidade, temos intensificado as abordagens, principalmente no entorno da rodoviária e vamos reforçar essas ações atendendo ao pedido do comércio” frisou Carlos leite.
O Tenente destacou que a PM realiza o trabalho na contenção de crimes e lembrou que a presença dessas pessoas nas ruas deve ser monitorada pelo município e sua retirada pela assistência social.
A secretária de assistência social, Irene Peruzzo, informou que desde o início da pandemia, o espaço que era utilizado pela Ajopam, foi cedido para abrigar os moradores de rua e duas grandes abordagens já foram realizadas. “Estamos com dois espaços, oferecemos alimentação, roupas que a gente consegue com doações, além de todo o acompanhamento em parceria com a equipe da saúde, mas eles têm muita resistência em querer ficar no abrigo, porque eles têm os vícios e a gente não permite a entrada de bebida e outras coisas que possam prejudicar o funcionamento da entidade" comentou a secretária.
Irene informou que com a chegada de mais EPI´s contra a COVID-19 para a assistência social, uma nova abordagem será feita a esses moradores de rua, na tentativa de tira-los da situação de vulnerabilidade e levá-los aos abrigos.