O advogado Francisco Faiad requereu à Justiça a restituição de bens apreendidos durante quinta fase da Operação Sodoma. O pedido, datado da terça-feira (25), será examinado pela magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal.

Conforme informado por Faiad ao Olhar Jurídico, os bens apreendidos são um computador e documentos pessoais. Os objetos foram apreendidos pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, no dia 14 de fevereiro de 2017, durante a 5ª fase da Operação Sodoma.
 
A operação investiga fraudes à licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática  LTDA, em benefício da organização criminosa comandada pelo ex-governador, Silval da Cunha Barbosa.

Os suspeitos foram denunciados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.

Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (SAD) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana  (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra).

As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado, efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.