O Ministério da Agricultura reconheceu seis estados brasileiros como livre de febre aftosa sem vacinação. A medida passa a valer a partir de 1º de setembro de 2020 e abrange os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Rondônia e Acre, além de duas regiões do Amazonas e do Mato Grosso.
Segundo o Assessor Técnico de Pecuária de Corte da Confederação da Nacional da Agricultura (CNA), Ricardo Nissen, a retirada da vacinação é algo muito benéfico ao setor e que reconhece a eficácia do sistema de defesa sanitária dessas regiões. “Os benefícios vão aparecer no longo prazo, principalmente com a melhoria dos acordos bilaterais e exportações”, comenta.
Outro fator positivo é que os pecuaristas não vão ter mais o custo com a vacinação do rebanho e perdas por abscessos do leite. Além disso, o plano estratégico do Ministério da Agricultura envolve diversos pontos que precisam ser contemplados para que a retirada da vacinação venha a ser colocada em prática.
“Um dos estudos soroepidemiológico que comprovam que não ocorre a circulação viral da febre aftosa dentre do estado. Vale ressaltar que mesmo vacinando o rebanho houve casos da doença, como no estado do Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. Ou seja, a vacina serve como um controle da erradicação do que impedir novos focos da febre aftosa”, destacou.
Após a retirada da vacinação, os pecuaristas devem ficar atentos ao seu rebanho e notificar o sistema de defesa se tiver sintomas da doença no gado. A IN (52) reitera que os Estados mencionados devem manter o controle sanitário de suas divisas, conforme já estabelecido anteriormente.
A retirada da vacinação envolveu algumas polemicas em que as indústrias frigoríficas e o setor se suínos pediram a aceleração dessa medida. “Realmente, teve uma pressão desse lado do setor. Só que a aceleração se deu em prol do reconhecimento do país como livre de febre aftosa sem vacinação, e isso vai trazer benefícios a toda a cadeia do agronegócio”, informou.
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