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Reconstituição do caso de menina de 14 anos morta pela amiga está prevista para a próxima semana em Cuiabá

Reprodução simulada dos fatos busca analisar como os fatos aconteceram. Amiga que atirou, adolescentes e empresário, além de outras pessoas que estavam no local, devem participar.

Data: Sexta-feira, 14/08/2020 14:33
Fonte: G1 MT

A reconstituição do caso da adolescente Isabele Ramos, de 14 anos, que foi morta com um tiro na cabeça no dia 12 de julho em um condomínio de luxo, em Cuiabá, está prevista para ser realizada pela Polícia Civil na próxima semana, na casa onde o crime ocorreu.

A amiga, que fez o disparo e também tem 14 anos, alega que o tiro foi acidental.

Entretanto, dois laudos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) revelaram que o tiro que matou Isabele não foi disparado acidentalmente e que a pessoa que a matou estava com a arma apontada para o rosto da vítima, a uma distância que pode variar entre 20 e 30 cm, e a 1,44m de altura.

 

A amiga, outros adolescentes e o pai dela, o empresário Marcelo Martins Cestari, devem participar da reprodução. O procedimento é usado pela Polícia Civil como forma de analisar como os fatos aconteceram.

 

O caso

 

A situação ocorreu por volta de 22h30 de 12 de julho em um condomínio de luxo localizado no Bairro Jardim Itália, em Cuiabá

O advogado da família da adolescente que efetuou o disparo, Rodrigo Pouso, explicou que o pai da suspeita do tiro acidental estava na parte inferior e pediu para que a filha guardasse a arma no andar superior, onde estava Isabele.

A adolescente pegou o case – uma maleta onde estavam duas armas – e subiu obedecendo ao pai. Apesar de estar guardada, a arma estava carregada.

Segundo o advogado, uma das armas caiu no chão e a adolescente tentou pegar, mas se desequilibrou ao levantar e o objeto acabou disparando.

A menina negou que brincava com a arma ou que tentou mostrar o objeto para a amiga.

 

Praticante de tiro

 

As duas famílias, a da adolescente que disparou, e a do namorado dela praticam tiro esportivo.

Segundo a federação, o pai e a menina participavam das aulas e de campeonatos há três anos. Os nomes deles constam nos grupos, chamados 'squads', que participavam das competições da FTMT.

Outros membros da família também participavam desses grupos e praticam o esporte.

O advogado da família contestou a informação e afirmou que a adolescente praticava o esporte há apenas três meses.