O nível do Rio Cuiabá diminuiu desde o início da estiagem no estado e a situação tem preocupado, pois o consumo aumenta nessa época do ano e a captação de água fica mais difícil.
Segundo o diretor da Defesa Civil de Cuiabá, José Pedro Zanetti, apesar de a capital não ter problemas com o abastecimento, com o nível de água baixo, há complicações na captação.
“Neste ano, a estiagem está muito intensa e o Rio Cuiabá, desde o início deste mês, está se mantendo na rota de 21 cm, apesar de ser normal na nossa época de estiagem, é muito baixa e deixa uma certa preocupação”, explicou.
A grande cheia do Rio Cuiabá foi em 1974. À época, o nível do rio chegou a quase 11 metros.
No entanto, a cada ano que se passa, o nível tem diminuído, principalmente, no período da seca.
Atualmente, o rio ainda consegue se manter em um nível considerável, pois recebe apoio da Usina do Manso. Quando é época de seca, chega mais água para abastecer o rio e, quando ocorre a cheia, o rio libera a água de volta para a represa.
A água do Rio Cuiabá chega até a estação de tratamento e passa por vários processos até chegar nos reservatórios. São 12 milhões de litros de água armazenados que abastecem todos os dias 86 bairros da região sul da capital.
São 155 mil moradores beneficiados com água potável, mas, nessa época de baixa umidade do ar, o consumo de água aumenta.
“A gente acaba tendo que produzir mais água para conseguir manter, mas como fizemos uma série de investimentos na cidade, estamos conseguindo manter a distribuição”, afirmou o diretor da Águas Cuiabá, William Figueiredo.
As duas novas estações de tratamento de água foram construídas em Cuiabá para evitar que falte água para a população.
Segundo o diretor da Águas Cuiabá, a previsão é que sejam investidos mais R$ 500 milhões até o fim do ano.
O objetivo é chegar a 91% de coleta e tratamento de esgoto até 2024.