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Cai a taxa de letalidade da Covid-19 em Juína

O tratamento precoce dos sintomas da Covid pode ser a mais importante ação da gestão

Data: Sábado, 15/08/2020 15:23
Fonte:
Juína que viveu há poucos dias um drama com a alta taxa de letalidade da Covid-19, registra agora uma queda no índice. Para se ter uma ideia, no dia 23 de julho, a taxa era de 9,65%, mais que o dobro da média nacional, e chegou a colocar Juína na 6ª posição entre as cidades do Estado com a maior taxa de letalidade, hoje a taxa do município é de 5.64%.
 
São vários os motivos que podem explicar esse resultado, o principal deles é a adoção do tratamento precoce dos pacientes com sintomas da Covid-19. A mudança de protocolo adotada pelo prefeito Altir Peruzzo (PT) foi divulgada após muita polêmica em 15 de julho. Na época em entrevista coletiva, o chefe do executivo anunciou a mudança; tratar os pacientes no início dos sintomas e disponibilizar os medicamentos necessários. Na entrevista, Peruzzo apresentou uma série de medicamentos como ivermectina, azitromicina, hidroxicloroquina, cloroquina entre outros, para a prescrição médica. 
 
Além da medicação, Peruzzo disponibilizou enfrente a UPA um espaço exclusivo para atendimento dos pacientes com suspeita do novo coronavírus, dando agilidade nas consultas e no início do tratamento. 
 
Outra explicação para a queda na taxa de letalidade é o aumento nos casos confirmados da doença, enquanto em 15 de julho tínhamos 11 óbitos e apenas 145 casos confirmados, hoje são 25 mortes, porém os casos confirmados saltaram para 443. Outro fator importante é que o Estado passou a aceitar os resultados de exames feitos por laboratórios particulares.
 
Juína está há uma semana sem registro de óbito, a última morte confirmada pela Covid, foi do pioneiro Dorvalino Ganzer no dia 06 de agosto. 
 
Na semana passada, o promotor de justiça Marcelo Linhares deu uma bronca na secretária de saúde. Numa reunião provocada pelo MPE para entender a alta taxa de mortalidade no município, Leda Villaça, secretária de saúde, afirmou que profissionais da saúde visitam os pacientes que estão em quarentena, afim de monitorar o estado de saúde com frequência, mas o promotor rebateu a informação com dados. A equipe do promotor ligou para todos os pacientes do Módulo 06, até então, o 2º bairro com mais casos confirmados da Covid e nenhum paciente recebeu visita de agente de saúde. A secretária se comprometeu em regularizar essa situação. 
 
A resistência da secretária em relação aos medicamentos, por exemplo, também deu o que falar. Vereadores chegaram a cogitar pedir a demissão da chefe da pasta, mas voltaram atrás quando perceberam mudanças na gestão da saúde.
 
Últimos dados do Estado:
 
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta quinta-feira (13.08), 70.708 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 2.302 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado. 
 
Foram registradas 1.623 novas confirmações de coronavírus no Estado. Dos 70.708 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 20.170 estão em monitoramento e 48.236 estão recuperados. 
 
Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 280 internações em UTIs públicas e 270 em enfermarias públicas. Isto é, a taxa de ocupação está em 72,30% para UTIs adulto e em 30,54% para enfermarias adulto.
 
Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19, estão: Cuiabá (14.698), Várzea Grande (5.665), Rondonópolis (4.491), Lucas do Rio Verde (3.583), Sorriso (3.452), Tangará da Serra (3.078), Sinop (2.538), Primavera do Leste (2.211), Nova Mutum (1.668) e Campo Novo do Parecis (1.376). 
 
O documento ainda aponta que um total de 64.542 amostras já foram avaliadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-MT) e que, atualmente, restam 2.420 amostras em análise laboratorial. A média de testagem do Estado está em 1.948 testes para cada 100 mil habitantes – mais do que o dobro da média nacional.
 
Cenário nacional
 
Na última quarta-feira (12), o Governo Federal confirmou 3.164.785 casos da Covid-19 no Brasil e 104.201 óbitos oriundos da doença. No levantamento do dia anterior, o país contabilizava 103.026 óbitos e 3.109.630 casos confirmados de pessoas infectadas pelo coronavírus. 
 
Até o fechamento deste material, o Ministério da Saúde não divulgou a atualização desta quinta-feira (13).
 
Recomendações
 
Atualmente, não existe vacina para prevenir a infecção pelo novo coronavírus. A melhor maneira de prevenir a infecção é evitar ser exposto ao vírus. Os sites da SES e do Ministério da Saúde dispõem de informações oficiais acerca do novo coronavírus. A orientação é de que não sejam divulgadas informações inverídicas, pois as notícias falsas causam pânico e atrapalham a condução dos trabalhos pelos serviços de saúde.
 
O Ministério da Saúde orienta os cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
 
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
 
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
 
- Evitar contato próximo com pessoas doentes;
 
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo;
 
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Fonte: Repórter em Ação