O PSDB anunciou nesta segunda-feira (17) que sua nova chapa na corrida pela senatória terá Júlio Campos na composição. Encabeçada por Nilson Leitão, o grupo manteve o assessor José Márcio na 2ª suplência e acomodou o democrata na 1ª. O relançamento da pré-candidatura foi realizado em um hotel, em Cuiabá, e contou com a participação dos senadores Wellington Fagundes e Jayme Campos, e dos deputados Wilson Santos, Dilmar Dal’Bosco e Carlos Avalone, além de outras lideranças do interior do Estado.
“Vocês devem imaginar minha alegria hoje. Esse dispositivo me honra muito. O Zé Márcio foi uma grata surpresa, apesar de indicação do Wellington, hoje ele tem uma luz que é própria e em razão do trabalho que ele presta. Júlio era líder de todas as pesquisas que eu vi até abril, antes da pandemia. Então, se não fosse a pandemia, com certeza essa era sua. Quero propor que se ganharmos essa eleição, vocês dois não serão meus suplentes, estaremos no mesmo nível”, comemorou Leitão, que vinha trabalhando nesta composição desde o início do ano, mas por conta do cenário que havia sido definido na época precisou formar uma chapa pura.
Júlio Campos precisou recuar de sua candidatura própria por conta do coronavírus. Ele passou por um transplante de fígado em 2017 e, embora atualmente goze de boa saúde, faz parte do grupo de risco da Covid-19. Além disso, aos 73 anos, o ex-governador viu dificuldades em tocar uma campanha de forma virtual, como deve ser a deste ano em função da pandemia, diferente do “corpo a corpo” ao qual está habituado.
A campanha pela senatória teve início em fevereiro, mas no mês seguinte a pandemia frustrou os planos de todas as chapas que haviam sido formadas. O pleito foi remarcado para novembro e deve ocorrer junto das eleições municipais. Novas convenções serão realizadas no final deste mês.
Durante o relançamento de sua candidatura, Leitão revelou bastidores da disputa. Disse que já conversava com Jayme Campos e Wellington desde o ano passado, mas que o excelente desempenho de Júlio nas pesquisas fez com que os senadores apostassem em outra composição.
Júlio destacou que Leitão foi o único de seus então concorrentes que o procurou após a pandemia para discutir uma união. Para Fagundes, a união deste novo grupo estava “predestinada”.
“Nós tentamos construir isso lá atrás e agora chegamos até aqui. Isso é predestinação. Era tudo que eu e Jayme queríamos, um parceiro que trabalhe junto com a gente lá no Senado. Nossa determinação, apesar da pandemia, será como se fossemos nós o candidato”, disse Wellington.
“É um dia histórico, mas não é nenhuma surpresa, nenhuma novidade, na medida que sempre caminhamos juntos. Há mais de 45 dias mantemos contato com o Leitão, que de forma muito humilde nos procurou diversas vezes. Estou apoiando o Nilson com consciência, porque confio plenamente nessa composição, que terá mais gente conosco, não tenham dúvida”, pontuou Jayme Campos.