O Ministério Público do Estado (MPMT) pediu que a Polícia Judiciária Civil (PJC) abra um inquérito para apurar supostos atos criminosos do padre Ramiro José Perotto, diácono que atua em Carlinda (756 KM de Cuiabá). O órgão ministerial aponta a suposta prática de apologia ao estupro.
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Ramiro José Perotto somou-se a pessoas e grupos religiosos ultraconservadores, de todo o Brasil, para atacar a criança, dizendo nas redes sociais que a vítima infantil “gosta de dar”.
“Você acredita que a menina é inocente? Acredita em papai Noel também. 6 anos, por 4 anos e não disse nada. Ela compactuou com tudo e agora é menina inocente. Gosta de dar então assuma as consequências”, disse ele.
Após os comentários, Perotto sofreu uma “enxurrada” de críticas nas próprias redes sociais e na internet. Ele excluiu sua conta no facebook e divulgou uma carta pedindo perdão “àqueles que se sentiram ofendidos”.
A criança estuprada deixou o hospital no Recife na última quarta-feira (19). De acordo com reportagens publicadas nos últimos dias, ela também recebeu presentes e apoio de vários outros grupos e pessoas que se sensibilizaram com sua história.