Os incêndios registrados no Pantanal, de janeiro até esta segunda-feira (24), já destruíram 937 mil hectares em Mato Grosso. O número representa um aumento de 1.737% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram devastados 51 mil hectares.
Maior planície alagável do mundo, o Pantanal está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que totalizam 15 milhões de hectares, dos quais, 1.923 milhão já foram atingidos pelo fogo.
Esse é o pior cenário já registrado na região nos últimos 22 anos.
Em um mês, foram 380 mil hectares atingidos pelo fogo no Pantanal de Mato Grosso. A maior preocupação é porque não há previsão de chuva na região, o que dificulta o combate.
A seca e os ventos fortes, segundo o Corpo de Bombeiros, é o que tem feito com que o fogo se alastre rapidamente.
A situação prejudica não só a saúde da população que sofre com a fumaça, mas também a fauna pantaneira.
Os animais tentam fugir quando o fogo se aproxima, mas muitos não conseguem, principalmente, os animais que tem deslocamento mais lento e aí acabam morrendo queimados, segundo as equipes que estão em campo.
Para tentar combater os incêndio na região, foi lançada a Operação Pantanal II, que é composta por equipes do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Polo Socioambiental Sesc Pantanal e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Pousadeiros e pantaneiros também se juntaram à força-tarefa que combate incêndios no PantanaL. A prioridade é impedir que o fogo atinja pontes e casas da região.
O Sistema Penitenciário também está colaborando no combate às queimadas urbanas em Poconé, após o treinamento de 10 presos como brigadistas para atuar no combate ao fogo na área urbana da cidade.
Os presos são todos voluntários e beneficiados com a remição da pena, a cada três dias trabalhados, é um dia a menos na pena.
Segundo a Sesp-MT, eles são acompanhados pelos policiais penais e selecionados pela direção e por uma equipe psicossocial, conforme o perfil. Durante a ação, os detentos usam tornozeleira eletrônica.