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Policial leva tiro durante confronto com alvos de operação contra facção criminosa em Cuiabá

Colete à prova de balas que ele usava evitou que a bala o perfurasse. Equipe chegava na casa para cumprir os mandados, no entanto, um dos criminosos estava armado e disparou contra o policial.

Data: Segunda-feira, 31/08/2020 14:27
Fonte: G1 MT

Um policial federal levou um tiro no peito quando cumpria mandados de prisão, no Distrito do Sucuri, em Cuiabá, contra membros de facção criminosa, na manhã desta segunda-feira (31). O colete à prova de balas que ele usava evitou que a bala o perfurasse.

De acordo com a Polícia Federal, a equipe chegava na casa para cumprir os mandados, no entanto, um dos criminosos estava armado e disparou contra o policial.

O tiro, disparado de um revólver 38, atingiu o distintivo do policial, que fica na região do peito. Ele não teve ferimentos graves.

Em seguida, a equipe entrou em confronto com o suspeito e o prendeu, em seguida.

São cumpridos mais de 600 mandados de prisão e de busca e apreensão em 19 estados e no Distrito Federal.

Em Mato Grosso, são três mandados de prisão, sendo dois em Cuiabá e um em Cáceres.

 

Operação

 

Entre os alvos estão integrantes do PCC, familiares e outras pessoas responsáveis por lavar dinheiro para a organização. O estado com o maior número de mandados de prisão é o Paraná, com 101.

Segundo a PF, esta é a maior operação da corporação em número de estados, mandados e valores apreendidos. Só em um endereço, em Santos, no litoral de São Paulo, agentes encontraram R$ 2 milhões e US$ 730 mil em espécie.

"É um operação histórica porque não veicula as prisões de baixo escalão. Ela veicula a localização de esquemas de lavagem de dinheiro, de como esses valores são movimentados. Ela visa, acima de tudo, desarticular, desestabilizar, quebrar a parte financeira da organização criminosa. Não estamos mais no viés de realizar operações prendendo membro de baixo escalão ou simplesmente apreendendo drogas. Sempre o objetivo é enfraquecer essas organizações criminosas", disse o delegado Elvis Secco, coordenador geral de repressão a drogas e facções criminosas da PF.

De acordo com as investigações, 220 pessoas que estão atualmente detidas em presídios federais recebiam um auxílio mensal da facção por terem alcançado cargos de alto escalão na organização criminosa ou por terem realizado missões, como a execução de servidores públicos.

O delegado Alexander Castro, coordenador da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO) em MG, afirmou que o pagamento variava dependendo da função ocupada pela pessoa dentro do esquema. O responsável pela morte de um juiz ou de um policial, por exemplo, recebia mais do que lideranças do primeiro escalão.

Os pagamentos eram feitos por meio de contas de pessoas que não pertenciam à facção, a fim de evitar a identificação dos recursos por parte das autoridades. "A gente tem certeza com comprovantes desde janeiro de 2018", completou Castro.

A operação batizada de Caixa Forte - Fase 2 é realizada pela FICCO, composta por PF, Polícia Civil de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Departamento Penitenciário de MG. As investigações desta etapa começaram há um ano.