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OAB acompanha caso de advogado acusado de agredir mulheres e avaliará expulsão

Data: Segunda-feira, 07/09/2020 08:54
Fonte: Olhar Direto
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT), por meio de sua Comissão de Direito da Mulher, em razão das notícias veiculadas amplamente na imprensa acerca da possível prática de violência doméstica envolvendo um advogado, informou que instaurará o competente processo administrativo no âmbito do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) e acompanhará o caso. Se no processo o advogado for condenado, ele pode ser expulso da OAB. 

A iniciativa para investigar Cleverson Campos Contó partiu da Comissão de Direito da Mulher da OAB-MT após as denúncias virem à tona numa entrevista ao vivo concedida por duas vítimas à Rádio Nativa FM, de Cuiabá. A suspeita inicial é de que pelo menos oito mulheres foram vítimas do acusado. 

A violência contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos, que é protegida pela Constituição Federal/88 e Lei Federal 11.340/06 em seu artigo 6º.

A Seccional Mato Grosso, por intermédio da Comissão do Direito da Mulher, já contatou uma das vítimas, colocando-se à disposição para o acompanhamento do caso, inclusive com reunião já agendada.

Após isso, uma das mulheres se manifestou em suas redes sociais e confirmou detalhes das agressões afirmando que o advogado é um "monstro psicopata". Disse ainda que o advogado em questão é bem articulado, tem alto poderio econômico e agia com ameaças e chantagens para evitar que as vítimas o denunciasse na Polícia ou procurasse o Judiciário.

A Comissão também vai acompanhar o inquérito policial dando apoio às vítimas envolvidas no presente caso. Reforça-se ainda que a Comissão tem um canal de denúncias (atendimentoamulher@oabmt.org.br) que oferece toda assistência necessária às vítimas de violência doméstica, em especial a advogada.

Por fim, a OAB destaca que o enfrentamento a todo tipo de violência contra a mulher é uma pauta fundamental para a construção de relações sociais mais justas e igualitárias e que a instituição repudia quaisquer atos que violem os direitos garantidos às mulheres.