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Taxa de mortalidade por Covid-19 em Cuiabá é mais que o dobro da taxa do Brasil

Data: Segunda-feira, 07/09/2020 09:29
Fonte: Olhar Direto

Apesar de o ‘pico’ da pandemia de coronavírus (Covid-19) aparentar já ter ficado para trás em Cuiabá, a taxa de mortalidade da capital em relação ao Brasil mais do que duas vezes maior. O número também é superior quando comparado ao do estado de Mato Grosso. A informação está no Informa Epidemiológico número 22, que analisa dados de 23 a 29 de agosto de 2020.


O informe é publicado semanalmente pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, com apoio de pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A questão da taxa de incidência foi um dos destaques da semana analisada. Vale lembrar que a semana analisada é a de número 35. Até agora, a semana 26 foi a com maior número de casos notificados semanalmente, desde o início da pandemia (o que caracterizaria o pico da doença na capital).
 
Segundo o informe, o primeiro óbito pela Covid-19 em Cuiabá aconteceu no dia 15 de abril. Até 29 de agosto, foram registradas 1113 mortes, sendo 773 de residentes da capital. A taxa de letalidade, como consequência, é de 4,2%. A de Mato Grosso, por sua vez, é de 3%, e a do Brasil, de 3,1%.
 
Já a taxa de mortalidade por COVID-19 em residentes na capital (125,9/100.000 habitantes) é superior a taxas do estado (79,8) e mais que o dobro da taxa de mortalidade do país (56,8).
 
A taxa de letalidade é a proporção entre o número de mortes e o número de casos de infectados. Já a taxa de mortalidade é a proporção entre o número de mortes e a população em questão.
 
Quarenta e nove mortes de residentes em decorrência do novo coronavírus aconteceram na última semana, entre 23 e 29 de agosto, na capital. A média é de sete óbitos por dia, sendo um óbito a mais do que na semana anterior. “Apesar de leve oscilação, o número de óbitos tem diminuído nas últimas quatro semanas (SE 32 a SE 35 – 02 a 29 de agosto), com média de 55 óbitos/semana. Nas quatro semanas anteriores (SE 28 a SE 31 – 05 de julho a 01 de agosto) a média foi de 80,5/semana”, explica o informe.