De janeiro até este mês de setembro, 28 pessoas foram vítimas de animais peçonhentos como serpentes e escorpiões em Juína. Os dados são da Vigilância em Saúde do município. Nenhum óbito foi registrado.
Dos 28 casos, 21 foram ocasionados por serpentes e 07 por escorpiões. Ocorrências envolvendo aranhas, como é o caso da caranguejeira comum na região, também são registradas, no entanto, com menor gravidade, se restringem a irritações na pele e reações alérgicas.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Juína é a porta de entrada para as vítimas de animais peçonhentos, tanto de Juína, quanto da região, como destacado pelo médico da unidade, Dr. Halysson Lopes. “Na maioria das vezes os casos não apresentam reações graves, indo de uma reação leve a moderada”, afirma o profissional que ressalta ainda que isso se deve a agilidade na aplicação do soro antiofídico.
A enfermeira responsável pela imunização em Juína, Veronica Pickler, deu detalhes sobre a disponibilidade do soro antiofídico. “A gente recebe em torno de 2 a 3 atendimentos por mês, mas isso não significa que ele seja o suficiente, como também pode acontecer de não utilizar nesse período de 30 dias. Uma vez que a gente precisa de mais soro para atender a demanda a gente solicita ao Escritório Regional de Saúde que nos fornece o soro, mas isso é muito relativo, uma quantidade de 10 a 15 ampolas pode atender até três acidentes, mas há situações que o acidente é grave e que essa quantidade é necessária somente para um caso, de acordo com a avaliação medica”, explicou.
Na região a maior parte dos acidentes com serpentes são relacionadas a jararaca e a pico-de-jacá ou surucucu. Em relação à jiboia, apesar de não possuir veneno, sua mordida pode ocasionar infecção, devido às bactérias presentes em sua boca, sendo comum atendimento envolvendo esse tipo de réptil.
Acidentes envolvendo marimbondos, vespas e abelhas, também são frequentes na região. Alerta para as pessoas que sofrem reação alérgica, o que pode provocar a morte de uma pessoa.
Mas afinal, o que são animais peçonhentos e animais venenosos? O que devemos fazer ao encontrar alguém picado por uma serpente?
Para responder essas e outras perguntas, a Band FM Juína ouviu o biólogo Luiz Eduardo Saragiotto Silva, que além de professor, é servidor da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso.