Homicídio
Jonathan foi atingido por um disparo de arma de fogo efetuado pelo policial militar durante uma abordagem próxima à Praça Dom Wunibaldo, no centro de Chapada dos Guimarães.
Conforme o registro da ocorrência, uma equipe da Polícia Militar estava na praça e avistou o rapaz em uma motocicleta, sendo dada ordem de parada que, segundo os policiais, não foi acatada pelo condutor, e então foi efetuado um disparo que atingiu o rapaz na perna.
Ele ainda seguiu por uma distância de aproximadamente 100 metros, quando parou a motocicleta e caiu. Foi solicitado socorro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o encaminhamento para uma unidade de Pronto Atendimento. No entanto, ele não resistiu ao ferimento e chegou morto no hospital.
A Polícia Civil recebeu informou que recebeu as imagens de câmeras de segurança da via pública que foram analisadas e mostram a abordagem dos policiais ao rapaz, contrariando a versão apresentada por eles no boletim de ocorrência.
Família
Segundo a tia de Jonathan, Cida Lessa, ele saiu para levar a namorada em casa e voltava para a residência da família para dormir e trabalhar no dia seguinte.
Segundo a família, o rapaz não tinha carteira de habilitação e esse teria sido o motivo de não ter parado.
“Isso não faz dele um criminoso. Ele morava no sítio e veio para a cidade para trabalhar. Nunca mexeu com coisa errada, nunca brigou com ninguém. Era um menino que desde criança trabalhou para ajudar a família. Era muito amado na cidade”, contou.
A tia da vítima, Cida Lessa, contou ao G1 que a família acredita que os policiais tenham atirado a curta distância devido aos ferimentos causados.
“Isso é despreparo dos policiais. Se quiser parar, atira na moto, no pneu. Agiram como se o menino fosse um marginal e apresentasse uma ameaça”, ressaltou.