Um soldado da Polícia Militar, não identificado, atirou na mão da ex-companheira após descobrir que não era o pai biológico da criança que havia registrado em seu nome. O crime aconteceu na noite de sábado (3), em Santa Rita do Trivelato (a 217 km de Cuiabá). A confirmação da paternidade veio através de um teste de DNA.
Segundo informações do boletim de ocorrência, o militar teria ligado para o ex-marido da vítima, marcando um encontro em frente ao prédio em que ela reside. Na ligação, o policial teria dito que precisava conversar algo muito sério, mas não revelou o assunto.
Ao chegar no local, o suspeito mostrou o resultado do teste de DNA que comprovava que ele não era pai da criança que havia sido registrada em seu nome. O ex-marido da vítima e o policial entraram em contato com a mulher, que chegou na frente do residencial de carro, acompanhada do atual namorado.
Muito irritado, o militar ameaçou o novo companheiro da vítima, dizendo para ele 'sumir' e disparando tiros para o alto. Os dois iniciaram uma discussão e, ao entrar em luta corporal, o policial atirou na mão da ex-companheira.
A vítima foi encaminhada por testemunhas até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a criança foi entregue aos cuidados da avó materna.
Em nota, a Polícia Militar disse que afastou o policial das atividades e que o crime ocorreu durante horário de folga do policial. Leia abaixo a nota, na íntegra:
“O Comando do 26º Batalhão de Polícia Militar de Nova Mutum informa que afastou das atividades operacionais o soldado envolvido no crime de lesão corporal ocorrido no último sábado(03.10), na cidade de Santa Rita do Trivelato (441 km de Cuiabá), que teve como vítima uma mulher de 38 anos. Informa que o fato ocorreu no horário de folga do policial, portanto não se trata de crime militar. Todavia, já informou a Corregedoria Geral da PMMT sobre o ocorrido e a instauração de procedimento para apurar a conduta do policial em questão. O policial se apresentou no quartel da PM em Nova Mutum e em seguida foi apresentado pela autoridade militar na Delegacia da Polícia Civil, onde devem ser tomadas as providências na esfera criminal.”