O prefeito de Rondolândia, Agnaldo Rodrigues de Carvalho (PP), completa nesta quarta-feira (7) uma semana na prisão. Ele foi preso no dia 30 em uma agência bancária do município suspeito de a desvio de dinheiro de plantões médicos. A advogada dele, Débora Simoni, informou que esta semana vai protocolar na Justiça um pedido de revogação de prisão porque a acusação contra ele é prematura.
Agnaldo está preso em uma cela separada, na cadeia pública de Comodoro, cidade que fica a 426 km de Rondolândia.
Com a prisão de Agnaldo, o vice-prefeito Ronaldo Garcia assumiria o cargo, mas, como ele renunciou porque vai disputar a eleição, quem assumiu a prefeitura foi o presidente da Câmara de Vereadores de Rondolândia, Dione Carvalho.
Segundo o Grupo Operacional do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco – Criminal), o prefeito é investigado por corrupção.
Dois meses antes dessa operação ele tinha sido alvo de uma operação que investiga desvio de dinheiro de plantões médicos.
Agnaldo também já tinha sido preso em 2019 suspeito de propina, mesmo ano em que também foi afastado do cargo.
A prisão preventiva dele foi do desembargador Marcos Machado, com base em um pedido do coordenador do Naco, procurador de Justiça Domingos Sávio de Barros Arruda, com base nas provas colhidas em inquérito policial que apura crime de corrupção cometido pelo prefeito.
Segundo as investigações, ambos receberam propina de uma empresa por meio de um contrato firmado com a prefeitura de Rondolândia para o fornecimento de serviços de plantão médico.
O empresário teria pago os médicos vinculados à empresa um valor menor do previsto no contrato e a diferença ele repassava ao prefeito e à ex-secretária de Saúde.
No mês de agosto, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão policiais do Naco e do Gaeco conseguiram apreender com Nélio de Matos Júnior, uma agenda e anotações constando a “contabilidade” da propina que era paga, bem como comprovantes de depósitos feitos em contas correntes de terceiros indicados pelo prefeito e pela ex-secretária.
Segundo o delegado Rodrigo Azem, que comanda o Grupo Operacional do Naco, depois de ser apreendido todo esse material o empresário resolveu confessar o esquema criminoso.
“Ele não teve como negar que pagava a propina desde o início do contrato que foi firmado entre a empresa dele e a prefeitura, embora, muita coisa ele deixou de revelar, porém estamos apurando tudo”, afirmou.
Na ocasião em que os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, segundo ele, o prefeito Agnaldo Rodrigues de Carvalho fugiu da cidade ao perceber a movimentação dos policiais em Rondolândia. Na casa dele foram apreendidos não apenas documentos, mas, também armas e munições irregulares.
