Os mortos na chacina em Pedra Preta (243 quilômetros de Cuiabá), na noite de quarta-feira (7), tinham uma extensa ficha criminal. Um deles, inclusive, era membro da facção criminosa Comando Vermelho. A motivação das execuções ainda é desconhecida, mas testemunhas disseram que várias motocicletas passaram pelo local após os disparos.
Alex Gomes de Souza, conhecido como Pelezinho, MK ou Colombiano, 21 anos, era membro do Comando Vermelho e cumpriu pena por roubo em Mineiros (GO) e por tráfico de drogas na Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa (conhecida como Mata Grande), em Rondonópolis.
Em 2016, foi detido por ameaça e desacato. Em 2017, por uso ilícito de drogas. No mesmo ano, por roubo e formação de quadrilha. Em 2018, por tráfico de drogas e em 2020, por direção perigosa.
Adriel Silveira de Souza, conhecido como Driel, 25 anos, cumpriu pena por roubo na Penitenciária Mata Grande e havia sido solto recentemente. Suas primeiras prisões foram em 2015, por posse de arma branca, lesão corporal, direção perigosa e ameaça. Em 2016, foi preso em flagrante por furto e em 2017 por importunação ofensiva ao pudor. Ainda em 2017, foi detido por lesão corporal e em 2018 por roubo.
Igor Santos Pereira, 22 anos, cometeu um furto ainda quando adolescente, em 2013. Em 2015 e 2016, acabou detido por conduzir veículo sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Jeovane Mendonça de Santana Nunes, 24 anos, possui registro de boletim de ocorrência por entregar veículo a menor de idade em 2017.
A chacina
Os quatro jovens foram executados em uma praça, no bairro Residencial Albertina, em Pedra Preta. Duas das vítimas morreram ainda no local do crime, enquanto que os outros chegaram a ser socorridos, mas falecerem na manhã desta quinta-feira (08). Todos os disparos foram feitos na cabeça.
Testemunhas relataram aos policiais terem ouvidos diversos disparos de arma de fogo na região da praça e também visto várias motocicletas passando pelo local. Mesmo assim, não houve uma pessoa que soubesse precisar como se deu o fato.
Foram feitas diligências na casa das vítimas para colher mais informações. Porém, os familiares não souberam dizer sobre a existência de rixas. Até o momento, ninguém foi preso e a identidade dos criminosos segue desconhecida. O caso continua a ser investigado pela Polícia Civil.