A concessão de 533 km de rodovias de Mato Grosso à iniciativa privada deve acontecer por limitação do orçamento do estado, segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte. O edital de licitação para a privatização das estradas por 30 anos foi publicado, nesta quinta-feira (11), no Diário Oficial do Estado (DOE). Com a concessão, o governo deve atrair investimentos de R$ 1,5 bilhão ao estado.
Para Marcelo Duarte, dois motivos levaram o governo a optar pela concessão: a limitação no orçamento público e trazer melhoria para as rodovias.
“Com a privatização nós trazemos investimento, já que não iriamos conseguir resolver os problemas das estradas só com o orçamento do estado. Com a incorporação de uma gestão privada a qualidade das rodovias vai melhorar”, declarou o secretário.
As privatizações da MT-100 (Alto Araguaia), MT-320 | MT-208 (Alta Floresta) e MT-246 | MT-343 | MT-358 | MT-480 (Tangará da Serra) devem ser feitas através do Programa Pró-Estradas Concessões: Programa de Parcerias com o Setor Privado para Investimentos na Logística de Mato Grosso.
Com a concessão, o governo deve arrecadar R$ 1,5 bilhão. O valor, segundo o secretário, deve ser investido diretamente na melhoria das rodovias. Estima-se também que o programa vai gerar mais de 3,5 mil empregos.
“Entendo a insatisfação do contribuinte que tem o pensamento de pagar duas vezes – o imposto e o pedágio. Por outro lado, as melhorias como monitoramento por vídeo e socorro mais imediato vai mudar essa opinião. Além disso, a tarifa é justa, paga quem usa.”, afirmou.
Os trechos das rodovias que serão entregues à iniciativa privada foram escolhidos pelo governo, após estudo prévio.
Segundo Marcelo Duarte, o levantamento apontou que as rodovias têm potencial para o escoamento da produção agrícola e de cabeças de gado, além de contar com grande fluxo de veículos e serem avaliadas com conceito médio e ruim.