O delegado de Polícia Civil de Juara (695 quilômetros de Cuiabá), Carlos Henrique Engelmann, disse em entrevista para uma emissora de televisão local, que o possível suspeito de envolvimento na morte do fazendeiro Donizete Riguine Gonçalves, 57 anos, no setor rural do município, na última sexta-feira (23), foi identificado.
 
“Nós coletamos algumas informações de um possível suspeito de envolvimento no fato. Nós identificamos esse homem e mantivemos contato com advogado e pudemos interrogá-lo em outra cidade. Também ouvimos algumas testemunhas, que ainda não puderam apontar a dinâmica do fato”, explicou o delegado.
 
No dia do crime, o homem e o fazendeiro entraram em luta corporal. “Podemos afirmar que houve uma briga. Porém, essa dinâmica será esclarecida para que no final possamos formular um juízo do que de fato ocorreu. É bastante cedo para concluir algo ainda”.
 
“O inquérito policial ainda não está encerrado e qualquer divulgação dos fatos poderá prejudicar nas investigações do crime, mas estão bem adiantadas. Precisamos ouvir testemunhas. Uma delas teria presenciado a situação. Somente com as análises necessárias é que formularemos um juízo de valor do procedimento”, acrescentou o delegado.
 
No dia da morte do fazendeiro, a Polícia Civil apreendeu um revólver calibre 38, que supostamente teria sido utilizado no homicídio. Além disto, foram encontradas duas caminhoentes (L-200 e S10). “Um dos veículos estava sendo usado pelo suspeito. A propriedade dele também está sendo verificada no nosso banco de dados e nas próprias informações que ele prestou”.
 
O caso
 
Um pecuarista de 57 anos, identificado como Donizete Reguine Gonçalves, conhecido como Donizete Ferradura, foi assassinado na noite da última sexta-feira (23) com disparos de arma de fogo, na região do município de Juara (a 695 km de Cuiabá). A suspeita é que ele foi morto em uma emboscada.
 
A vítima foi assassinada na estrada que liga o município de Juara ao distrito de Jaú. No local do crima a polícia encontrou um revólver calibre 38, ao lado do corpo da vítima, e duas camionetes, sendo uma L-200 preta e uma S-10 branca.
 
Donizete já chegou a ser preso, em 2005, após a Justiça decretar sua prisão preventiva. Ele foi apontado como sendo o mandante da tentativa de homicídio contra um piloto de avião. Após ficar um tempo foragido ele foi preso e cumpriu um período de prisão em regime fechado em Juara.