A Defesa Civil de Mato Grosso, já registrou neste período chuvoso, que começou de forma mais insistente no final de novembro, 6 famílias desabrigadas e homologou 3 decretos de situação de emergência, nos municípios de Rondonóplis, Poconé e Mirassol d' Oeste.
Coordenador de Prevenção e Preparação de eventos da Defesa Civil, Benedito de Araújo Gomes informa que as 6 famílias são de Rondonópolis e ficaram desabrigadas por causa de um temporal que caiu dia 22 de dezembro do ano passado.
Estão abrigadas temporariamente em uma escola que ainda será inaugurada, portanto está inativa. Flagelados são do bairro Jardim Paineiras, em Rondonópolis, área de risco, nas proximidades do rio Vermelho. Tiveram as casas alagadas.
Já em Mirassol do Oeste, rompeu uma barragem e o que está em risco é o abastecimento de água da população. Equipe da Defesa Civil está no local, acompanhando o caso.
Além das emergências, há situações que estão sendo acompanhadas em Barra do Bugres, General Carneiro, Alto Araguaia, São Félix do Araguaia, Campo Novo do Parecis e Cáceres.Em Poconé, 10 pontes caíram com as fortes chuvas, dificultando a mobilidade. Mas não há famílias ilhadas.
Na Região do Vale do Arinos, os maiores problemas são verificados em Juara, onde há uma grande extensão da malha viária sem pavimentação asfáltica. Na MT 220, estrada que liga Juara a Sinop, há pontes de madeira que apresentam perigo e alguns pontos de atoleiros. Para se ter uma ideia, o ônibus que sai de Sinop as 23h00 só chega em Juara no outro dia as 10h30. E são apenas 300 quilômetros e menos de 150 quilômetros sem asfalto.
Na MT 160, que liga Juara a Alta Floresta, na chamada Região de Itapaiúna, há trechos com atoleiros e na semana passada, o trânsito ficou interrompido devido a uma carreta que se atravessou na rodovia de terra, devido ao excesso de lama e buracos.
Quem sai de Juara, com destino ao Distrito de Paranorte, também enfrenta uma série de transtornos com pontes de madeiras que rodaram com as fortes chuvas e são obras de responsabilidade do governo do estado. Algumas ações são feitas pela prefeitura de Juara, porém, falta maquinário e óleo diesel para prestar o socorro aos caminhoneiros que ficam atolados no trajeto.
Já na região dos assentamentos de Juara, Gleba Japuranã, Porta do Céu e Banco da Terra, também o trânsito está paralisado. Pontes como a do Rio Apiacazinho, está interditada e não há previsão de reforma.
O coordenador lamenta que pouco mais de 1 terço dos municípios de Mato Grosso tenham Defesa Civil. Isso dificulta, segundo ele, o levantamento do número de famílias que vivem em áreas de risco no Estado.
Para ele, ainda falta a compreensão sobre a importância do papel da Defesa Civil, não somente no socorro de situações emergencial, mas na prevenção de tragédias.
"Há um interesse maior no assunto, quando gestores percebem que a Defesa Civil Nacional repassa dinheiro para reparo de danos causados. É quando pensam que este pode ser um investimento interessante", comenta o coordenador.