Com a previsão de colher 200 toneladas de pequi nesta safra, a colheita do fruto começou no município de Ribeirão Cascalheira e vai até o mês de dezembro.
O cultivo do pequi é nativo e ocupa uma área de 200 hectares, e alguns produtores estão plantando novas mudas para ser utilizada também no reflorestamento de áreas degradadas e recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APP).
A comercialização do pequi pode gerar uma renda de R$ 200 mil para o município em apenas três meses.
Uma caixa com 30 quilos de pequi está sendo comercializada a R$ 30,00 no município. O técnico agrícola da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Carlos Alberto Quintino, fala que a safra deste ano terá uma redução de 20% na produção devido à falta de chuva no período da floração do pequi, que ocorre no mês de junho.
A comercialização do fruto começou no mês de outubro e tem movimentado a economia local com compradores de Goiás e Cuiabá.
Nesta época de colheita é normal comercializar em média 10 mil kg do fruto por dia. Conforme o técnico da Empaer, esse produto extrativista é uma alternativa econômica para muitos agricultores familiares da região que contam com essa renda extra.
A empresa tem acreditado na possibilidade de geração de renda através da comercialização do pequi e tem repassado informações técnicas sobre o aproveitamento do fruto e manejo aos agricultores familiares.
De acordo com Quintino, em torno de 80% das árvores são nativas e 20% plantadas. Estima-se que o número no município ultrapasse a 80 produtores que cultivam o pequi.
O município de Ribeirão Cascalheira é considerado o maior produtor do fruto no Médio Araguaia, com mais de 15.600 pés da fruta.
Segundo Carlos, foi realizado um levantamento pelos técnicos da Empaer, que constataram que ainda existem outras 11.900 árvores que não atingiram a maturidade produtiva e que nos próximos anos devem começar a produzir.
No Estado foram encontradas quatro variedades, na região da Baixada Cuiabana o pequi de tamanho pequeno e o mais consumido na culinária, de tamanho médio em Barra do Garças, grande em São Félix do Araguaia e o pequi sem espinho encontrado no Xingu, na reserva indígena.