O líder indígena Matias Francisco Jurucatu, da Aldeia Tatuí, em Juara, na região norte do estado, morreu de Covid-19, na sexta-feira (4). Ele ficou internado 10 dias em um hospital do município, mas depois que o estado dele se agravou foi transferido para Cuiabá. Matias, de 46 anos, era uma das lideranças do povo Kawaiwete e foi cacique do Vale de Arinos.
Matias deu entrada no hospital com falta de ar, cansaço e tosse. Segundo a família, a saturação estava muito baixa e ele foi internado logo após se consultar com um médico.
O quadro clínico piorou e ele foi transferido para o Hospital Metropolitano de Cuiabá no dia 25 de novembro.
Após 9 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele faleceu.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus de Juara, publicou uma nota de pesar nas redes sociais lamentando o falecimento do líder indígena.
“Matias deixa um legado de intensa dedicação à defesa dos direitos indígenas. Nossos sentimentos aos familiares, amigos e ao povo Kawaiwete”, afirma.
O ex-cacique tinha como comorbidade pressão alta e era fumante.
Ele deixa a mulher e quatro filhos.
Outros líderes indígenas morreram com Covid-19, em Mato Grosso, entre eles o cacique Aritana Yawalapiti, de 71 anos, uma das maiores lideranças do Alto Xingu. Aritana faleceu em agosto, em um hospital de Goiânia.
No mesmo mês, o líder indígena paresi João Akonoizokae, conhecido como João Titi, morreu em Tangará da Serra. Ele morava na aldeia Korehete, que fica na região de Tangará da Serra, e tinha Mal de Parkinson.
Em julho, o cacique Domingos Mahoro, de 60 anos, da etnia xavante da Aldeia Sangradouro, em General Carneiro, morreu n Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com Covid-19, depois de sofrer duas paradas cardíacas.