De acordo com o boletim emitido pelo Centro de Inteligência do Leite (CiLeite) anexo a Embrapa Gado de Leite, o mês de novembro teve os preços dos produtos lácteos mais firmes no atacado, depois das quedas obtidas no mês de outubro. O UHT (Ultra High Temperature) fechou o mês com alta de 6% sobre o mês anterior (O UHT é o órgão responsável pelo controle de resfriamento imediato do leite para que ocorra a devida esterilização). Quando efetuamos a comparação dos meses de novembro de 2019 e o mês de Novembro de 2020 é possível obter dados de um acréscimo de 33% de aumento.
Depois de um ano com altos preços nos produtos lácteos no mês de novembro houve uma estabilização de preço no leite em pó e no queijo muçarela e isso vem devido a competitividade com produtos importados, porém mesmo com essa estabilidade de derivados e a pandemia por COVID-19 ainda estar em alta, o valor do leite pago para o produtor em dezembro de 2020 tende a cair e isso ocorrerá devido a um reflexo da variação média de preços nos últimos dois meses baseando-se nos dados dos “mix” de produtos laticínios de todos os estados, mas também devido ao possível aumento de oferta de produto matriz (o leite) em períodos de chuvas na região Centro-oeste.
Os insumos (como ração, silagem e suplementos) obtiveram um aumento no preço em relação ao ano de 2019, tendo em vista que os principais insumos utilizados na agropecuária são fabricados com sua base sendo o milho, a soja e o caroço de algodão, colocando em um ponto de vista comparativo observamos que os locais de principais produções no país obtiveram grandes percas devido as chuvas desregulares na época de plantio, fazendo com que obtivessem menores ofertas no mercado desses produtos, encarecendo assim o mesmo. O estado de maior produção desses commodities é o MT, no qual foi um dos maiores afetados por esse fator ambiental.
Confira mais sobre as percas da soja em: https://www.amplitudenews.com.br/noticia/17882/prejuizo-com-perdas-durante-a-colheita-da-soja-pode-chegar-a-r-2-bi-em-mato-grosso