Impressionante a clarividência da Globo, capaz de adivinhar a hora da chegada da Polícia nas residências do prefeito Marcelo Crivella e de outras pessoas.
As imagens mostram inclusive a polícia chegando nestes endereços. A primeira postagem no on-line da emissora, fizerem já às 5h57.
Mais uma vez a condenação midiática com o aval de membros do MPRJ, contribui para criminalizar a política e os políticos.
São dezenas de repórteres, unidades de externas posicionados estrategicamente, bem antes da própria chegada das unidades policiais. Chama atenção que a emissora escolhida seja exatamente a arqui-inimiga do prefeito.
Chama atenção ainda que o fato da prisão do Marcelo Crivella ocorra oito dias da passagem de governo. Um prefeito no exercício do mandato preso, tem mais impacto midiático do que uma prisão de um ex-prefeito fora do cargo.
É preciso refletir os verdadeiros motivos deste circo midiático e da criminalização da política, principalmente quando o próprio Ministério Público Estadual vive a expectativa da escolha do seu procurador geral, querendo impor ao Executivo a praxe da escolha do primeiro colocado na lista tríplice, retirando do Executivo estadual a liberdade de escolha de uns dos três nomes.
O Poder Judiciário e a própria classe política não podem ficar omissos à existência deste circo midiático intimidador, que utiliza a imprensa como instrumento de condenação pública prévia, com câmaras e links de transmissão, posicionadas nos locais da operação antes mesmo da chegada das equipes policiais.
A situação fica mais delicada quando é o próprio MP-RJ que está em um momento de dependência do Executivo Estadual, e permite a existência de um circo midiático, em um período delicado da sua própria história.
É importante lembrar que, por se tratar de um prefeito de capital e detém foro especial por prerrogativa de função, a atribuição é do PGJ. A Câmara do TJ, que determinou a prisão, é composta pelos desembargadores Celso Ferreira Filho, Antonio Jose Ferreira Carvalho, Katia Maria Amaral Jangutta e Rosa Helena Penna Macedo Guita, que assinou a ordem de prisão.