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Após 21 dias na UTI, técnico do atletismo tem sequelas da covid e busca superação

Dois meses depois da internação, Rabaça ainda sente os efeitos da nova doença sobre o seu corpo

Data: Segunda-feira, 28/12/2020 08:47
Fonte: Noticias ao Minuto

Aos 72 anos, José Antônio Rabaça não esperava mais viver situações inesperadas em sua vida. Já tinha viajado pelo mundo como atleta e técnico de atletismo. Mas, como todos, foi surpreendido pela pandemia neste ano. Mais do que isso: sofreu na pele os efeitos da covid-19 e correu risco de morte. Tudo isso longe da família e do seu País ao longo de 21 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Lisboa, durante a chamada Missão Europa, iniciativa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) para levar atletas brasileiros para treinar em Portugal, país dos menos afetados pelo novo coronavírus no Velho Continente.

Dois meses depois da internação, Rabaça ainda sente os efeitos da nova doença sobre o seu corpo. E relembra com detalhes das agruras vividas em solo português. "Estava tão mal que não conseguia ficar sentado. Foram dias muito difíceis, mal mexia os meus membros. Sentia dores no corpo todinho, uma sensação horrível", recordou, em entrevista ao Estadão. "Era difícil até pensar linearmente, era tudo confuso na minha cabeça."

O treinador, ligado à Confederação Brasileira de Atletismo, viveu estes dias difíceis entre o fim de setembro e o início de outubro. A covid atingiu cerca de 75% dos seus pulmões. "A medida que ficava no hospital, apareciam novos sintomas: febre alta, dor de cabeça, dor de garganta..." Como chegou a Portugal com teste negativo, Rabaça acredita que contraiu o vírus na viagem ou já no país europeu.

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Ele voltou ao Brasil no dia 13 de outubro, mas o novo coronavírus segue em sua vida. Além de ter perdido 14kg, Rabaça enfrenta dificuldades inesperadas em sua recuperação. "Nem sequer eu andava. Tive que reaprender a andar", diz o técnico de atletismo, acostumado a orientar seus pupilos do salto em altura.