mãe da adolescente Rurye Perossi, de 16 anos, morta com dois tiros no pescoço no dia 17 de setembro de 2016, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, publicou no Facebook nesta quarta-feira (16), que a filha teria sido assassinada por um policial do município.
Na publicação, Cristiane Perossi diz que teve acesso ao inquérito através do advogado dela. A Polícia Civil diz que não pode confimar versão e nem informar o resultado da investigação, pois o processo tramita em sigilo.
“O assassino de minha filha Rurye Perossi é um policial judiciário civil de Sinop. É o que consta no inquérito policial, que agora, depois de tanto tempo, e tantas tentativas em obtê-lo com o delegado Carlos Eduardo Muniz, que se recusou tantas vezes me fornecer, consegui através de advogado em Cuiabá”, diz a mãe em trecho da publicação.
O delegado Carlos Eduardo Muniz, que presidiu o inquérito, disse que a polícia do município encerrou a investigação em março de 2017. De acordo com ele, o caso foi enviado para a Diretoria da Polícia Civil.
A assessoria da Polícia Civil informou que as investigações e oitivas referentes ao caso prosseguem em caráter sigiloso, na Corregedoria Geral da Polícia Judiciária Civil.
Ao G1, Cristiane disse que consta no inquérito que o autor dos tiros seria um policial civil. Além disso, a munição da arma teria sido adquirida pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.
“Não sei se esse indivíduo tem patente alta ou vários 'rabos presos em suas mãos' garantindo sua proteção. É assim que as coisas funcionam neste estado, onde predominam uma reservada classe social podre e suja: os corruptos e os corruptíveis”, escreveu na rede social.
A adolescente Rurye Perossi Youssef, de 16 anos, foi assassinada com dois tiros quando estava com amigos numa rua no Bairro Recanto Suíço, de Sinop, por motivação ainda desconhecida.
Na época, a polícia informou que testemunhas disseram que foi cometido por um homem que estavam em um carro branco com outros dois homens.
A adolescente foi atingida no pescoço e não resistiu. Após o crime, a Polícia Militar foi chamada e fez buscas, mas não localizou os criminosos.