Mato Grosso deu início ao Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 na noite desta segunda-feira (18.01). Em um ato simbólico no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, dez profissionais que atuam na linha de frente da pandemia no estado receberam a primeira dose do Coronavac.

Nessa primeira fase, o país recebeu 126.160 doses da vacina, que vão atingir 60.074 pessoas, incluindo duas doses, incluindo indígenas. A vacina agora está separada no Centro de Distribuição do governo estadual e será enviada para 141 municípios na madrugada desta terça-feira (19/01).

Junto com a primeira-dama, Virginia Mendes, e os secretários de Estado, Gilberto Figueiredo, e a Casa Civil, Mauro Carvalho, o governador Mauro Mendes destacou o papel da ciência e afirmou que o momento marca uma ‘virada de pagina’. O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, e parlamentares do estado e da capital também participaram da ação.

 “Hoje é um dia especial, considerando tudo que vivemos ao longo de 2020. Tanta angústia, tanta incerteza, a dor e o sofrimento que foi causado a tantas famílias. A ciência trabalhou em ritmo extremamente acelerado e ao final chegamos à vacina mais rápida da história. Acreditamos que hoje marcamos o início de uma recuperação desta pandemia, é o início de uma virada de página”, celebrou o governador.

A primeira cidadã vacinada contra o coronavírus em Mato Grosso foi a técnica de enfermagem Luiza Batista de Almeida Silva, 43 anos. Ela atua na área desde 2011 e, em 2019, ingressou no Hospital Metropolitano, unidade em que atualmente desempenha suas atividades na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19.

“O sintoma que estou sentindo agora é alegria”, disse Luiza, logo após ser imunizada. “Está chegando ao fim esta luta desigual com este vírus invisível, que nos massacrou. Nós, da linha de frente, ficamos isolados dos nossos parentes, dos nossos filhos, maridos, mães, para que não transmitíssemos o vírus a eles. E ao mesmo tempo estivemos ao lado de pacientes, dividindo com eles toda a dor. Mas hoje chegou ao fim essa tristeza”, completou a técnica de enfermagem.

Além de Luisa, também aceitaram as técnicas de enfermagem do Hospital da Polícia Metropolitana de 58 anos, Angelina Galvan, 58, e Helena Maria Aparecida Silva, 63, de 63 anos. Vacina de dose.

Na segunda-feira, o governo de Mato Grosso também imunizou outros sete profissionais de saúde do estado: a enfermeira Luciele Fernanda Benin, de 43 anos, em Covid-19 Trabalho de linha de frente, serviço móvel de enfermagem do hospital, pronto-socorro (Samu) e transporte aeromédico; Joel da Silva Rodrigues, 43 anos, atualmente é enfermeiro do Hospital Estadual da Santa Casa. Dante Martins Miraglia Lima, 40, fisioterapeuta do Estadual, Hospital da Santa Casa; Rosangela Ushizima, 53, é servidora da Unidade 1 de Adauto Botelho; Carla Max Longdon · Carla Marques Rondon Campos, 53 anos, é pediatra e atendente do Centro Especial de Referência em Imunobiologia, além de duas vacinadoras, Nígima Luciana do Nascimento Brasil de Castro e Ana Beatriz.

Enquanto não há a confirmação da quantidade total de doses a ser enviada aos Estados, a equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) alinha estratégias para a logística de vacinação, reforçando que, havendo qualquer alteração no Plano Nacional de Imunização, o plano estadual se adequará à mudança.

De acordo com o direcionamento do Ministério da Saúde, nesta primeira fase serão vacinados prioritariamente pessoas idosas institucionalizadas com 60 anos ou mais, pessoas com deficiência institucionalizadas, indígenas aldeados, e trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus.

Primeiramente, a SES-MT deveria analisar o número de vacinas com base no número de pessoas desse grupo, pois o número total de vacinas enviadas ao país naquele momento não era suficiente para atender todas as necessidades.

 “Os municípios vão saber dia 19/01/2021 [quantas doses vão receber, cada], quando enviaremos uma resolução da pactuação. Separamos as doses para a população indígena e as demais foram rateadas proporcionalmente pelos números informados pelo Ministério da Saúde”, esclareceu o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.

Diante dessa situação, o governador enfatizou a necessidade de manter medidas de isolamento social. “Lamentamos porque ainda temos um longo caminho a percorrer para imunizar toda a população. Por isso, é extremamente importante que todos continuem praticando as chamadas medidas preventivas não farmacológicas, porque, segundo a ciência, isso ainda impede a disseminação do coronavírus e A maneira mais segura de contaminar.

Vacinas

Além da CoronaVac, vacina produzida pela farmacêutica SinoVac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, o plano de vacinação do Governo Federal prevê, ainda, a inclusão do imunizante AstraZeneca, produzido pela Fiocruz, em parceria com a Universidade de Oxford.

Ambas as vacinas são indicadas para pessoas acima de 18 anos e com aplicação de duas doses. O prazo para a segunda dose da CoronaVac é de 14 a 28 dias, sendo de 90 dias para a AstraZeneca.

Plano Estadual de Operacionalização

A distribuição das 126.160 doses de vacina contra a Covid-19 em Mato Grosso começa nesta terça-feira (19.01). O envio obedecerá ao Plano Estadual de Operacionalização da Vacinação, que será executado pela SES-MT, em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), além das Polícias Federal e Rodoviária Federal e o Ministério da Defesa.

Na terça-feira (19.01), serão distribuida 126.160 doses da vacina contra a Covid-19 no Estado de Mato Grosso. A entrega obedecerá ao Plano Nacional de Operações de Vacinação, que será implementado pela SES-MT em cooperação com a Polícia Federal, a Administração Rodoviária Federal e o Ministério da Defesa em cooperação com o Serviço de Segurança Pública do Estado (Sesp).

Quando necessário, o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) disponibilizará seis aeronaves em sua frota para agilizar a entrega. Levando em consideração o número de vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde, a vacina será vacinada para 14 centros regionais, que serão uma ponte de distribuição para outras cidades, e as vacinas seguirão o Programa Nacional de Imunizações (PNI).