A estudante de agronomia Kaysa Mauricia Ferreira da Silva, 23 anos, de Cuiabá, sofreu um aborto espontâneo aos cinco meses de gravidez e reivindica a liberação do feto, que, segundo a família, foi retido pelo hospital para estudos.
Na madrugada desta segunda-feira (25), Kaysa começou a passar mal e procurou atendimento em um hospital particular de Cuiabá. A estudante chegou ao hospital com a sogra Debora Bueno, por volta de meia-noite, com fortes dores, sangramento e perda de líquido.
Ela foi submetida a exames para verificar os batimentos cardíacos do bebê. O médico constatou que estava tudo bem, prescreveu um remédio para dor e a liberou.
Quando chegou em casa, ela teve um aborto espontâneo. A sogra chamou o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O médico socorrista disse que ela não podia se mexer e teria que esperar chegar ao hospital.
Kaysa ainda está internada nesse mesmo hospital.
De acordo com a sogra, o hospital não deu prazo para o estudo e nem para a liberação do feto para a família possa sepultá-lo. “Queremos o direito de enterrá-lo”, afirma Débora.
A família disse que registrou um boletim de ocorrência contra o hospital.
Em nota, o hospital diz que se sensibiliza com a paciente pelo ocorrido e alega que ofereceu todo o atendimento necessário, por meio de equipe profissional especializada, e que não pode comentar especificamente sobre o caso por causa de sigilo médico e em respeito à intimidade da paciente.