Raquel Araújo Dias e o então marido Tiago Silva Lacerda, acusados de terem matado e jogado o corpo da própria filha, uma bebê de sete meses, em um poço, no município de Tabaporã em dezembro de 2019 serão julgados em março deste ano.
A data definida pelo juiz do caso Dr. Rafael Depra Panichella é o dia 03 de março.
A sessão do júri deve ser realizada na câmara de vereadores de Tabaporã. O casal será julgado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Na época, o crime gerou grande comoção na região e ganhou repercussão nacional com veiculação da notícia em órgãos de imprensa nacional, com a captura dos acusados do crime que foram presos em Goiás, após se evadirem de Tabaporã.
No ano passado, a defesa da acusada pediu a progressão de pena dela para o regime domiciliar alegando que ela é portadora de Hanseníase e HIV, pedido que foi negado pelo juiz.
Relembre o crime
As investigações em buscas do corpo da bebê iniciaram no dia 8 de janeiro, após denúncia ao Conselho Tutelar do município. Segundo testemunhas, no dia 27 de dezembro/2019, o casal foi visto nas proximidades do rio Sereno com um carrinho de bebê. Logo em seguida, o casal foi visto sozinho sem a criança e sem o carrinho, pedindo carona, e desde então não foram mais vistos em Tabaporã.
Posteriormente, uma testemunha que teve contato com o pai da criança relatou que ele disse que teve que sair às pressas da cidade e pediu para que fosse colocado fogo nas coisas da bebê. Durante as diligências, o carrinho da criança foi localizado dentro do córrego próximo de onde o casal havia sido visto.
Após investigação e depoimento de várias testemunhas, a Polícia Civil de Tabaporã e o Corpo de Bombeiros de Sinop localizaram partes do corpo da criancinha no fundo de um poço, nos arredores da cidade. Devido ao tempo e às condições do local, o corpo já estava em decomposição.
Em investigação incessante da Policia Civil, o casal foi preso no estado de Goiás para onde haviam foragido, e confessaram o crime.