O corpo de Edson Manoel Leite de Oliveira, avô paterno da menina Mirela Poliane Chue, de Oliveira, de 11 anos, que foi morta em junho de 2019 pela madrasta após ser envenenada, em Cuiabá, foi exumado para a realização de exames para confirmar se ele também foi envenenado.
A exumação ocorreu no último dia 19 de janeiro e o laudo com o resultado deve sair em 30 dias. A suspeita é de que Edson também tomava o suco de melancia envenenado feito por Jaira Gonçalves de Arruda, de 42 anos, que está presa acusada de matar a enteada.
A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo e já ouviu todas as testemunhas do inquérito que investiga a morte de Edson.
Na investigação, o delegado do caso, Olímpio da Cunha, ouviu depoimento de testemunhas que afirmaram que o avô paterno de Mirela, também tomava o mesmo suco.
A Justiça autorizou a exumação do corpo de Edson Manoel Leite de Oliveira, morto em 2018. O pai de Edson e familiares foram ouvidos para esclarecem os acontecimentos e o caso está sob sigilo.
Segundo a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Mirella foi envenenada com um inseticida que age sobre insetos, ácaros, e nematoides por contato ou após ingestão.
A madrasta de Mirela é acusada de matá-la e está sendo investigada por suspeita de matar o avô dela, em 2018, para que a menina passasse a ficar sob os seus cuidados e pudesse arquitetar o plano para tentar se apossar de uma herança da criança. Jaira Gonçalves de Arruda, de 42 anos, está presa acusada de matar a enteada.
A decisão que determinou a realização da exumação foi dada no dia 16 de outubro, mas a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) só foi notificada nessa segunda-feira (23).
O inquérito policial concluiu que Jaira cometeu o crime para ficar com a herança da vítima, de R$ 800 mil. Agora, ela está sendo investigada pela morte de Edson Manuel, em março de 2018.
Mirela tinha recebido o dinheiro de uma indenização por erro médico do hospital onde ela nasceu. A mãe dela morreu durante o parto.
A ação foi movida pelos avós maternos da criança. Em 2019, após 10 anos, o processo foi encerrado, e o hospital foi condenado a pagar uma indenização de R$ 800 mil à família, já descontando os honorários advocatícios.
Parte do dinheiro ficaria depositada em uma conta para a menina movimentar na idade adulta. A Justiça autorizou que fosse usada uma pequena parte desse fundo para despesas da criança, mas a maior quantia só poderia ser acessada aos 24 anos.
Até então, Mirela morava com o avô paterno, mas depois da morte dela passou a morar com o pai e a madrasta, até ser envenenada e morrer em novembro de 2019.
No intervalo de um ano, até a morte, Mirella foi internada várias vezes. No total, foram nove entradas em um hospital particular de Cuiabá, onde ficava de três a sete dias e, depois, melhorava. Ao retornar para casa, ela voltava a adoecer.
Ela recebia diagnósticos de infecção, pneumonia e até meningite. Na última vez em que foi parar no hospital, a menina já chegou morta.