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MT: número de abates de bovinos deve voltar aos níveis de 4 anos atrás, projeta Imac.

Principal motivo é a oferta, que deve permanecer restrita em 2021; quantidade de animais abatidos pode cair cerca de 8%.

Data: Sexta-feira, 05/02/2021 15:10
Fonte: Canal Rural

A escassez na oferta de animais prontos, ditou o ritmo dos abates de bovinos em Mato Grosso em 2020. Depois das altas seguidas registradas de 2016 a 2019, o volume recuou 7,7% no ano passado. Caiu 5.688.725 para 5.251.134 animais. O Instituto Mato-grossense da Carne projeta nova queda para este ano com 3 cenários possíveis. Na avaliação do IMAC, os frigoríficos devem abater de 200 mil a até 600 mil animais a menos que no ano passado.

“O cenário mais provável que estamos traçando para 20121 é o abate de 4,8 milhões de bovinos no estado. Valor que é 8% inferior ao registrado em 2020. Basicamente por conta retenção de fêmeas que estamos observando para este ano de 2021, assim como já aconteceu em 2020”, explica Bruno Andrade, diretor de operações do Imac.

Se a projeção for confirmada, o número de abates em Mato Grosso será o menor desde 2017. O Imac também prevê que o ano será desafiador para o setor da proteína animal. Além dos custos elevados, o consumo no mercado interno – que há dois anos tem ficado menor – deve encolher novamente. “São dois os principais pontos de atenção para 2021. O primeiro deles é o custo de produção, que aumentou em 2020 e vai continuar elevado para toda a cadeia produtiva da carne bovina em 2021. E, além disso, nós temos também o consumo interno de carne bovina que está estagnado e pode ter uma queda, muito por conta dos efeitos da inflação e taxa de desemprego, que hoje está em torno de 14%, além do fim do auxílio emergencial”, comenta Andrade.

Já para as exportações, a previsão é otimista. Depois do avanço de 8,8% nos embarques no ano passado, a expectativa é de um novo crescimento. “O cenário que nós estamos encontrando para este ano é favorável, com um aumento de 6% em relação ao que foi realizado em 2020. E existe ainda a possibilidade de abertura de novos mercados, como Japão e Coréia do Sul, além disso a consolidação do mercado asiático, que pode passar a comprar um produto de maior valor agregado”, conclui.