Um borracheiro foi preso suspeito de estuprar, matar e atear fogo em uma mulher em uma casa em construção em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito, de 32 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
A prisão dele ocorreu na terça-feira (16) e foi divulgada nesta quinta-feira (18).
A vítima, que ainda não foi identificada, foi encontrada nua em uma casa em construção no dia 9 de fevereiro no bairro Parque Universitário.
Segundo a Delegacia de Homicídios de Rondonópolis, o suspeito foi preso no local de trabalho, uma borracharia no mesmo bairro onde ocorreu o crime.
Na casa dele os policiais civis cumpriram um mandado de busca e apreensão e recolheram as roupas que ele vestiu no dia do crime e um aparelho celular. O material apreendido passará por exame pericial e por análise.
A Justiça também autorizou a coleta de material biológico do suspeito para a realização de exame de confronto de DNA.
Depoimento
Em depoimento à delegacia, ele confessou o crime e disse que usou um pedaço de madeira e uma lixadeira para matar a vítima. O suspeito alegou ainda que cometeu o crime porque, segundo ele, a mulher teria dado um tapa em seu rosto.
Agindo com frieza, durante o depoimento o suspeito disse que ficou com medo de ser identificado pelo DNA e, por isso, comprou álcool, voltou ao local do crime e ateou fogo ao corpo da vítima e, depois que ela já estava morta, ainda deu chutes na mulher.
Ele não admitiu o abuso sexual e disse não se lembrar se manteve relação com a vítima.
O inquérito segue em andamento para reunir outras informações necessárias ao esclarecimento do crime. O suspeito deve ser indiciado por estupro e homicídio triplamente qualificado (feminicídio e com emprego de meio cruel e para garantir ocultação de crime).
Depois da formalização da prisão, o homem foi encaminhado para a Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa.
O suspeito possui condenações anteriores por roubo, tentativa de furto, tráfico e estupro. Em 2014 foi preso em flagrante por um estupro cometido no mesmo bairro onde mora e trabalha, contra uma mulher de 43 anos. À época, ele confessou o crime.