O Palácio de Buckingham anunciou, nesta sexta-feira (19), a separação oficial entre a família real britânica e o príncipe Harry e sua esposa, a atriz Meghan Markle. A partir de agora, os dois deixam de ser membros ativos da monarquia.
O processo de rompimento chega ao fim mais de um ano depois de Harry e Meghan anunciarem repentinamente, em janeiro de 2020, que estavam se afastando da família real para trabalhar na América do Norte e conquistar a própria independência financeira. Eles deixaram suas funções reais no dia 31 de março do mesmo ano.
"O duque e a duquesa de Sussex confirmaram à Sua Majestade, a Rainha, que não retornarão como membros ativos da família real", diz o comunicado de Buckingham. "Enquanto todos estão tristes por sua decisão, o duque e a duquesa continuam sendo membros muito queridos da família."
Ainda segundo o palácio, as "nomeações militares honorárias e patronatos reais" de Harry e Meghan serão distribuídos entre outros membros da família real.
Os patronatos são uma série de cargos simbólicos em instituições de caridade, associações militares e organizações de serviço públicos, representando o apoio formal da realeza britânica a determinadas causas ou entidades.
Quando anunciaram sua intenção de conquistar um "novo papel progressivo" na sua relação com a família real, Harry e Meghan disseram que pretendiam honrar seus deveres com a rainha e com seus patronatos, mas agora eles perderam esses títulos,, em um movimento que foi visto como uma linha firme adotada pela rainha Elizabeth 2ª.
"A Rainha escreveu confirmando que ao se afastar do trabalho da família real não é possível continuar com as responsabilidades e deveres inerentes a uma vida de serviço público", informou o palácio.
Entre outras posições simbólicas, o príncipe Harry deixará de ser capitão-general dos Royal Marines, divisão de infantaria da Marinha Real Britânica, e perderá sua função de patrono da federação nacional de rúgbi.
Meghan, por sua vez, deixará suas associações com o Royal National Theatre, a principal companhia de teatro do Reino Unido, e com a Associação de Universidades da Commonwealth, conjunto formado por mais de 500 instituições acadêmicas.
Por meio de um porta-voz, o casal disse que permanecerá comprometido a servir, ainda que sem os patronatos reais. "Todos nós podemos viver uma vida de serviço. O serviço é universal", disse o representante.
"O duque e a duquesa de Sussex continuam comprometidos com seus deveres e serviços ao Reino Unido e ao redor do mundo, e têm oferecido seu apoio contínuo às organizações que representam, independentemente de seu papel oficial", acrescentou o porta-voz.
O casal deve quebrar o silêncio sobre o processo de rompimento real -apelidado de "Megxit" pelos jornais britânicos- em uma entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey que deve ser exibida em 7 de março.
Harry, 36 e Meghan, 39, casaram-se em maio de 2018 numa cerimônia no castelo de Windsor, em Londres, e tiveram um filho em 2019 -Archie Harrison Mountbatten-Windsor não tem título de realeza.
Antes do rompimento com a família real, ss dois vinham demonstrando desconforto com a intensa atenção que recebiam principalmente dos tabloides britânicos e chegaram a tirar seis semanas de férias de seus compromissos oficiais.
No ano passado, o casal, que viveu no Canadá depois de deixar o Reino Unido, mudou-se para Santa Bárbara, no sul da Califórnia, a cerca de 160 km de Los Angeles, cidade natal da atriz.
Em novembro do ano passado, Meghan publicou um artigo no jornal The New York Times contando que sofreu um aborto espontâneo quatro meses antes. No último domingo (14), o casal anunciou uma nova gravidez.
"Podemos confirmar que Archie será um irmão mais velho. O duque e a duquesa de Sussex estão muito felizes com a espera de seu segundo filho", disse um porta-voz à revista People.