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Mãe e padrasto são presos suspeitos de estupro e maus-tratos contra duas crianças em MT

Segundo o delegado, a menina não aguentava mais os abusos e começou a se vestir como menino, na tentativa de afastar o agressor.

Data: Terça-feira, 02/03/2021 14:59
Fonte: G1 MT

Um casal foi preso nessa segunda-feira (1º) suspeito de estupro e maus-tratos contra duas crianças em Pontes e Lacerda. De acordo com a Polícia Civil, a mãe e o padrasto das vítimas tiveram a prisão temporária decretada.

A menina de 12 anos e o garoto, de 9 anos, são filhos da mulher de 31 anos e enteados do homem de 33 anos.

A Justiça também autorizou busca domiciliar para coleta de material biológico que será utilizado em exame para confronto de DNA. O casal é investigado pela Polícia Civil pelos crimes de maus-tratos, estupro de vulnerável e lesão corporal.

A Delegacia da Polícia Civil tomou conhecimento dos crimes a partir da comunicação do Conselho Tutelar do município, que recebeu uma denúncia e verificou a situação das duas crianças.

O delegado Marlon Luz abriu investigação para apurar os crimes e, a partir de depoimentos e a realização de laudos periciais, foram constatados o estupro e as lesões sofridas pelas crianças.

A Polícia Civil apurou que o padrasto estuprou a garota sucessivas vezes e também agrediu e praticou maus-tratos contra o menino, inclusive o agredido com uma mangueira de borracha.

Já a mãe, conforme apuração, agrediu a filha e a ameaçou para que a menina não contasse a ninguém sobre os abusos, a fim de proteger o marido.

 

Segundo o delegado, a menina não aguentava mais os abusos e começou a se vestir como menino, na tentativa de afastar o agressor.

O delegado acrescentou que a mãe também é responsável pelo estupro, pois tem o dever de proteger e de garantir a integridade da criança e a partir do momento que sabe da situação e não faz nada para que o abuso seja impedido, ela também responde pelo crime.

Os dois foram encaminhados à delegacia e, depois de cumprido o mandado de prisão, serão encaminhados às respectivas unidades prisionais.

O inquérito segue para coletar outras informações e evidências necessárias à conclusão do caso.

As duas crianças foram encaminhadas pelo Conselho Tutelar para uma casa de acolhimento do município.